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07/05/2007
-
16h07
da Efe, em Londres
O ex-presidente do Banco Central brasileiro Armínio Fraga poderia assumir a presidência do Bird (Banco Mundial) no lugar de Paul Wolfowitz, segundo avaliação do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz.
Stiglitz afirmou que a atual crise enfrentada pelo Banco Mundial poderia acabar com a repartição entre americanos e europeus nas presidências da organização e do FMI (Fundo Monetário Internacional) e indicou Armínio Fraga como um nome que possui os critérios para presidir o Bird.
Em artigo publicado no jornal britânico "Financial Times", o economista americano afirma que, se o processo de escolha do presidente do Banco Mundial tivesse sido realmente democrático, "é quase certo que Paul Wolfowitz não seria eleito".
"Agora há um consenso quase global de que Wolfowitz terá que deixar o cargo", acrescentou Stiglitz, segundo o qual "nas sociedades democráticas a liderança requer confiança por parte dos dirigidos".
"Wolfowitz perdeu a confiança e não poderá recuperá-la nos três anos que restam de mandato", disse.
Para o prêmio Nobel, o atual presidente do Bird "poderia nomear mais pessoas fiéis para os postos de diretores do banco, mas isso só serviria para aumentar a disputa com os mais de 10 mil empregados da instituição".
"O Banco Mundial também depende de contribuições voluntárias dos países industriais avançados para realizar as missões essenciais nos países menos desenvolvidos", disse Stiglitz.
Com relação à promoção e ao aumento salarial dado por Wolfowitz para a namorada, funcionária da instituição, o economista comentou que, "assim como os funcionários do Birde, [os contribuintes] não confiam mais em seu presidente".
"Wolfowitz e sua equipe parecem não entender que ser presidente do Banco Mundial é um privilégio, e não um direito", disse Stiglitz, segundo o qual a defesa sobre o comportamento polêmico "não contribuirá para gerar a confiança a longo prazo [na instituição], que se tornou tão necessária".
"Há um velho ditado segundo o qual o peixe começa a apodrecer pela cabeça. E o bom governo começa pela escolha da "cabeça" de uma instituição. Devolver a confiança ao Bird requerer definir o modo de definição do presidente".
No caso concreto do atual responsável pelo Banco Mundial, "o presidente George W. Bush selou a nomeação de Wolfowitz com uma simples ligação aos amigos, entre eles o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair", afirmou Stiglitz.
Para Stiglitz, atualmente existem pessoas de primeira categoria, que "cumprem os critérios" para assumir a liderança do Bird, entre eles Armínio Fraga, doutor em Economia por Princeton, que ocupou cargos de diretoria na Soros Fund Management e Salomon Brothers e fez "um excelente trabalho" como presidente do Banco Central do Brasil.
Outro excelente candidato seria o diretor do Programa de Desenvolvimento das Nações unidas, Kemal Dervis, que lecionou em Princeton, foi vice-presidente do Banco Mundial e "demonstrou coragem como um eficaz e popular ministro das Finanças da Turquia em um período de fortes turbulências financeiras no país".
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O ex-presidente do Banco Central brasileiro Armínio Fraga poderia assumir a presidência do Bird (Banco Mundial) no lugar de Paul Wolfowitz, segundo avaliação do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz.
Stiglitz afirmou que a atual crise enfrentada pelo Banco Mundial poderia acabar com a repartição entre americanos e europeus nas presidências da organização e do FMI (Fundo Monetário Internacional) e indicou Armínio Fraga como um nome que possui os critérios para presidir o Bird.
Em artigo publicado no jornal britânico "Financial Times", o economista americano afirma que, se o processo de escolha do presidente do Banco Mundial tivesse sido realmente democrático, "é quase certo que Paul Wolfowitz não seria eleito".
"Agora há um consenso quase global de que Wolfowitz terá que deixar o cargo", acrescentou Stiglitz, segundo o qual "nas sociedades democráticas a liderança requer confiança por parte dos dirigidos".
"Wolfowitz perdeu a confiança e não poderá recuperá-la nos três anos que restam de mandato", disse.
Para o prêmio Nobel, o atual presidente do Bird "poderia nomear mais pessoas fiéis para os postos de diretores do banco, mas isso só serviria para aumentar a disputa com os mais de 10 mil empregados da instituição".
"O Banco Mundial também depende de contribuições voluntárias dos países industriais avançados para realizar as missões essenciais nos países menos desenvolvidos", disse Stiglitz.
Com relação à promoção e ao aumento salarial dado por Wolfowitz para a namorada, funcionária da instituição, o economista comentou que, "assim como os funcionários do Birde, [os contribuintes] não confiam mais em seu presidente".
"Wolfowitz e sua equipe parecem não entender que ser presidente do Banco Mundial é um privilégio, e não um direito", disse Stiglitz, segundo o qual a defesa sobre o comportamento polêmico "não contribuirá para gerar a confiança a longo prazo [na instituição], que se tornou tão necessária".
"Há um velho ditado segundo o qual o peixe começa a apodrecer pela cabeça. E o bom governo começa pela escolha da "cabeça" de uma instituição. Devolver a confiança ao Bird requerer definir o modo de definição do presidente".
No caso concreto do atual responsável pelo Banco Mundial, "o presidente George W. Bush selou a nomeação de Wolfowitz com uma simples ligação aos amigos, entre eles o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair", afirmou Stiglitz.
Para Stiglitz, atualmente existem pessoas de primeira categoria, que "cumprem os critérios" para assumir a liderança do Bird, entre eles Armínio Fraga, doutor em Economia por Princeton, que ocupou cargos de diretoria na Soros Fund Management e Salomon Brothers e fez "um excelente trabalho" como presidente do Banco Central do Brasil.
Outro excelente candidato seria o diretor do Programa de Desenvolvimento das Nações unidas, Kemal Dervis, que lecionou em Princeton, foi vice-presidente do Banco Mundial e "demonstrou coragem como um eficaz e popular ministro das Finanças da Turquia em um período de fortes turbulências financeiras no país".
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