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09/05/2007 - 12h58

Petrobras e Bolívia discutem refinarias em clima melhor, diz ministro

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da Folha Online, em Brasília

Representantes da Petrobras e membros do governo da Bolívia discutem desde as 9h desta quarta-feira (horário de Brasília) a oferta final feita na última segunda, pela estatal brasileira, para a venda integral de suas duas refinarias no país vizinho.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse no final da manhã, em Brasília, que o clima as negociações "está melhor" e que espera receber algum retorno das conversas à tarde.

Na segunda-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, declarou que a estatal apresentou sua proposta final de venda, com "preço justo". Ele foi apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que se o "preço justo" não for pago, "nós temos que ir à Justiça internacional para rever os direitos da empresa".

Segundo informa hoje a Folha, Lula também decidiu que nenhum "negócio novo" será fechado e que convênios assinados serão congelados até que seja solucionada de forma favorável a questão das refinarias.

A Bolívia quer pagar US$ 70 milhões pelas duas unidades, enquanto a Petrobras acha que valem US$ 215 milhões. A estatal brasileira, porém, deve aceitar um montante menor, embora não tenha mencionado os valores apresentados na proposta que é discutida. As duas instalações, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano à Petrobras em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões.

Durante a reunião de hoje, o presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, e representantes da área jurídica da empresa prestam formalmente a Vilegas esclarecimentos sobre a proposta de venda de 100% da participação da Petrobras nas refinarias.

O ministro Silas Rondeau elogiou ontem os pronunciamentos feitos pelo presidente Evo Morales e pelo vice-presidente boliviano, Álvaro Garcia Linera, que teriam adotado, segundo Rondeau, tom "absolutamente pacificador".

Diante da reação do governo brasileiro ao decreto, que destacou a possibilidade de reflexos no relacionamento entre os dois países, o presidente boliviano disse que aposta em um acordo com o Brasil.

Com um tom mais conciliador, Rondeau afirmou que a orientação por enquanto é a de tratar a questão entre a estatal boliviana YPFB e a brasileira Petrobras como uma questão comercial, "com uma negociação em andamento".

Entenda

Até a quinta-feira passada, quando ocorreu última rodada de negociações com a Bolívia, a estatal brasileira ainda considerava a possibilidade de manter uma participação minoritária nas refinarias bolivianas com um contrato de operação, o que foi descartado nesta semana.

O abandono do refino de petróleo é uma resposta ao decreto assinado por Morales que concedeu à YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país, o que afeta o fluxo de caixa das empresas.

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