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16/05/2007
-
09h42
TATIANA RESENDE
da Folha de S.Paulo
O consumidor tem sentido no bolso as vantagens da valorização do real em relação ao dólar (a moeda americana fechou ontem abaixo dos R$ 2), principalmente no segmento de eletroeletrônicos e em alguns produtos alimentícios.
Nos itens analisados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o celular foi o que teve a queda mais acentuada, sob a influência do dólar, com redução de 73% no preço nos últimos três anos, e de 22% nos últimos 12 meses.
A depreciação da moeda americana também ajudou a derrubar o preço de outros campeões de venda do segmento, como a TV, que ficou 32% mais barata nos últimos três anos e 14,6% considerando a comparação entre maio de 2006 e o mês passado.
Segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), a desvalorização do dólar teve fortes reflexos nos preços das indústrias do setor, principalmente na linha de imagem e som, cuja maioria dos componentes é importada. No entanto, informou a entidade em nota divulgada ontem, esses fabricantes vêm enfrentando pressões de preços dos componentes no mercado internacional, como é o caso das telas de plasma e LCD e dos preços dos semicondutores.
No setor de alimentos, o economista Márcio Nakano, da Fipe, cita dois produtos influenciados pelo preço do trigo importado. O macarrão chegou à mesa do consumidor 18% mais barato em abril deste ano, com relação a maio de 2004, enquanto a massa fresca teve redução de 7,77% no mesmo período. Já o bacalhau, que sofre o efeito direto do câmbio, apresentou queda de 11%.
A espera pela redução no preço final para o consumidor depende da categoria do produto. "No caso do macarrão, por exemplo, a queda pode demorar entre dois e três meses por causa dos estoques da loja, da central de distribuição e da indústria", explicou Sussumu Honda, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Os vinhos importados também tiveram diminuição no preço, tornando-se acessíveis para mais paladares. Tibor Sotkovszki, diretor de operações e marketing da Expand, maior importadora de vinhos da América do Sul, preferiu não arriscar números para a queda no valor do produto, mas disse que "há vinhos bons sendo vendidos por menos de R$ 20", o que seria impensável há três anos, por exemplo. Porém vale lembrar que há excesso de produção da bebida no mundo, e a oferta maior do que a demanda contribui para a redução.
Turismo
As viagens para conhecer a Disneylândia, que foram esquecidas pela classe média por um tempo, voltaram a ficar em alta. Na Trade Tours, uma das representantes oficiais da Disney no Brasil, o valor do pacote, com passagem aérea e seis noites de hospedagem, caiu de R$ 4.778, em 2004, para R$ 4.068 neste ano. O financiamento, com a redução das taxas das administradoras de cartão de crédito, também ficou mais elástico, com o pagamento passando de duas para cinco parcelas.
Se a tendência de queda do dólar continuar, Marcos Pacheco, gerente-geral da agência, prevê crescimento de 40% no fluxo de passageiros para o destino em 2007 no confronto com 2006. No comparativo do ano passado, com relação a 2005, a alta tinha sido de 13%.
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Dólar em queda beneficia consumidor
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da Folha de S.Paulo
O consumidor tem sentido no bolso as vantagens da valorização do real em relação ao dólar (a moeda americana fechou ontem abaixo dos R$ 2), principalmente no segmento de eletroeletrônicos e em alguns produtos alimentícios.
Nos itens analisados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o celular foi o que teve a queda mais acentuada, sob a influência do dólar, com redução de 73% no preço nos últimos três anos, e de 22% nos últimos 12 meses.
A depreciação da moeda americana também ajudou a derrubar o preço de outros campeões de venda do segmento, como a TV, que ficou 32% mais barata nos últimos três anos e 14,6% considerando a comparação entre maio de 2006 e o mês passado.
Segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), a desvalorização do dólar teve fortes reflexos nos preços das indústrias do setor, principalmente na linha de imagem e som, cuja maioria dos componentes é importada. No entanto, informou a entidade em nota divulgada ontem, esses fabricantes vêm enfrentando pressões de preços dos componentes no mercado internacional, como é o caso das telas de plasma e LCD e dos preços dos semicondutores.
No setor de alimentos, o economista Márcio Nakano, da Fipe, cita dois produtos influenciados pelo preço do trigo importado. O macarrão chegou à mesa do consumidor 18% mais barato em abril deste ano, com relação a maio de 2004, enquanto a massa fresca teve redução de 7,77% no mesmo período. Já o bacalhau, que sofre o efeito direto do câmbio, apresentou queda de 11%.
A espera pela redução no preço final para o consumidor depende da categoria do produto. "No caso do macarrão, por exemplo, a queda pode demorar entre dois e três meses por causa dos estoques da loja, da central de distribuição e da indústria", explicou Sussumu Honda, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Os vinhos importados também tiveram diminuição no preço, tornando-se acessíveis para mais paladares. Tibor Sotkovszki, diretor de operações e marketing da Expand, maior importadora de vinhos da América do Sul, preferiu não arriscar números para a queda no valor do produto, mas disse que "há vinhos bons sendo vendidos por menos de R$ 20", o que seria impensável há três anos, por exemplo. Porém vale lembrar que há excesso de produção da bebida no mundo, e a oferta maior do que a demanda contribui para a redução.
Turismo
As viagens para conhecer a Disneylândia, que foram esquecidas pela classe média por um tempo, voltaram a ficar em alta. Na Trade Tours, uma das representantes oficiais da Disney no Brasil, o valor do pacote, com passagem aérea e seis noites de hospedagem, caiu de R$ 4.778, em 2004, para R$ 4.068 neste ano. O financiamento, com a redução das taxas das administradoras de cartão de crédito, também ficou mais elástico, com o pagamento passando de duas para cinco parcelas.
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