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16/05/2007 - 14h55

BC intervém no mercado, mas dólar segue em forte queda, a R$ 1,965

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da Folha Online

A cotação do dólar comercial continua a cair nesta quarta-feira. Por volta das 14h50, a moeda americana era cotada a R$ 1,965 para venda, queda de 0,90% em relação ao fechamento de ontem, quando encerrou abaixo dos R$ 2 pela primeira vez em seis anos.

No mesmo horário a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) operava em alta de 0,77%, aos 50.909 pontos, com volume financeiro de R$ 2,49 bilhões. O mercado reage aos indicadores positivos da economia americana: o incremento no total de construções novas e o avanço na produção industrial em abril.

No acumulado deste ano, o dólar já sofreu perdas de quase 9%. Entre os fatores que podem explicar a desvalorização estão os sucessivos recordes da balança comercial; o diferencial de juros domésticos e internacionais, que atrai capital financeiro para o país; e a perspectiva de que o país seja considerado mais seguro para investir, à medida em que agências especializadas em classificação de risco de crédito melhorem sua avaliação pública sobre o Brasil.

O Banco Central já interferiu no mercado hoje, mas sem conseguir deter a derrocada contínua da taxa cambial. A operação foi equivalente à compra de moeda, mas ocorreu no mercado futuro, atuando sobre as expectativas para a cotação. Por volta das 15h40 do pregão, a autoridade monetária também costuma realizar um leilão de compra de dólares.

Às 12h24, a autoridade monetária anunciou um leilão do contrato cambial denominado "swap reverso". Nesse contrato, a autoridade oferece um título em que ganha a variação cambial do período, enquanto os bancos ficam com a variação dos juros bancários. Por isso, analistas de instituições financeiras dizem que o leilão de swap funciona como uma compra de dólar no mercado futuro, o que usualmente puxa as cotações para cima.

O BC ofereceu 10.350 contratos com vencimento em dezembro, outros 6.400 com vencimento em junho de 2008 e mais 4.500 para julho de 2009. Os bancos aceitaram integralmente a oferta.

"Não podemos admitir que o BC 'jogou a toalha' e vai ficar assistindo", afirma o diretor Sidnei Nehme, diretor da corretora NGO, em comentário sobre o mercado de câmbio. O profissional de mercado levanta a hipótese de que a autoridade monetária tem um "Plano B" , "que não consiste simplesmente no corte na área tributaria" para as empresas mais prejudicadas pela desvalorização do dólar.

Segundo Nehme, essa possibilidade pode vir materializada em um corte mais agressivo da taxa de juros, o que refletiria na taxa cambial. Algo que, no entanto, ainda não transparece nas projeções mais consensuais de mercado. Para a reunião de junho, analistas de grandes bancos já demonstram preocupação com indícios de aquecimento da economia, principalmente com o incremento das vendas no período do Dia das Mães.

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