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16/05/2007
-
18h05
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro Guido Mantega (Fazenda) comemorou nesta quarta-feira a elevação do "rating" do Brasil pela agência de classificação de risco a Standard & Poor's --na semana passada, a Fitch Ratings já havia aumentado seu indicador.
A agência elevou o "rating' soberano do Brasil de "BB" para "BB+". O panorama permanece no nível "positivo", o que indica que a agência considera haver maiores chances de que a próxima alteração seja um novo "upgrade".
O "rating", na prática, significa uma recomendação da agência classificadora sobre as chances de um país, ou mesmo uma empresa, atrasar o pagamento de seus compromissos financeiros. Quanto maior a nota, menor a probabilidade de calote.
Segundo ele, a melhora na avaliação é o reconhecimento de uma instituição "internacional que é muito respeitada no mercado que está afirmando que o Brasil está cada vez mais sólido".
Para Mantega, essa avaliação vai se traduzir em taxas de juros menores para o Brasil, "seja para rolagem da nossa dívida, seja para empresas brasileiras que busca financiamentos externos".
"O que as empresas de rating estão dizendo é que quando nós alcançarmos crescimento de 5%, será inevitável o 'investment grade' (grau de investimento)", afirmou o ministro.
Câmbio
Sobre o impacto que essa melhora na avaliação de risco terá na encomia brasileira, o ministro admitiu que é inevitável uma valorização do real à medida que o país se aproxima do grau de investimento.
Ao responder se a cotação atrapalha ou ajuda, o ministro disse que "gostaria de comer o omelete sem quebrar os ovos". "Mas não dá pra imaginar um país com uma economia mais sólida com uma moeda desvalorizada", diz Mantega. Ele afirmou que, neste momento, a desvalorização do real não atrapalha a economia.
Ele reforçou, no entanto, que o Banco Central irá intervir sempre que necessário para evitar quedas acentuadas. Ele explicou que as aquisições de dólar reforçam as reservas brasileiras e, na verdade, isso contribui para uma melhor avaliação do "rating".
Sobre a possibilidade de um choque de importações, o ministro descartou qualquer medida radical. Segundo ele, no passado os choques não deram certo. "As importações já estão crescendo de forma extraordinária e, na medida que o dólar desvaloriza, é como se ocorresse uma redução automática das tarifas."
Mantega fez questão de evitar comparações da atual queda da taxa cambial com a ocorrida no período de implantação do real. "Naquela época, tínhamos uma valorização artificial. O Brasil tinha uma economia fraca e uma moeda artificialmente forte."
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A agência elevou o "rating' soberano do Brasil de "BB" para "BB+". O panorama permanece no nível "positivo", o que indica que a agência considera haver maiores chances de que a próxima alteração seja um novo "upgrade".
O "rating", na prática, significa uma recomendação da agência classificadora sobre as chances de um país, ou mesmo uma empresa, atrasar o pagamento de seus compromissos financeiros. Quanto maior a nota, menor a probabilidade de calote.
Segundo ele, a melhora na avaliação é o reconhecimento de uma instituição "internacional que é muito respeitada no mercado que está afirmando que o Brasil está cada vez mais sólido".
Para Mantega, essa avaliação vai se traduzir em taxas de juros menores para o Brasil, "seja para rolagem da nossa dívida, seja para empresas brasileiras que busca financiamentos externos".
"O que as empresas de rating estão dizendo é que quando nós alcançarmos crescimento de 5%, será inevitável o 'investment grade' (grau de investimento)", afirmou o ministro.
Câmbio
Sobre o impacto que essa melhora na avaliação de risco terá na encomia brasileira, o ministro admitiu que é inevitável uma valorização do real à medida que o país se aproxima do grau de investimento.
Ao responder se a cotação atrapalha ou ajuda, o ministro disse que "gostaria de comer o omelete sem quebrar os ovos". "Mas não dá pra imaginar um país com uma economia mais sólida com uma moeda desvalorizada", diz Mantega. Ele afirmou que, neste momento, a desvalorização do real não atrapalha a economia.
Ele reforçou, no entanto, que o Banco Central irá intervir sempre que necessário para evitar quedas acentuadas. Ele explicou que as aquisições de dólar reforçam as reservas brasileiras e, na verdade, isso contribui para uma melhor avaliação do "rating".
Sobre a possibilidade de um choque de importações, o ministro descartou qualquer medida radical. Segundo ele, no passado os choques não deram certo. "As importações já estão crescendo de forma extraordinária e, na medida que o dólar desvaloriza, é como se ocorresse uma redução automática das tarifas."
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