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17/05/2007 - 16h43

Dólar estabiliza em R$ 1,953; mercado espera queda ainda maior

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A taxa de câmbio fechou praticamente estável nos últimos negócios desta quinta-feira, após a derrocada histórica dos dias anteriores. A moeda americana foi vendida a R$ 1,953, em leve queda de 0,05% sobre o fechamento de ontem. O Banco Central limitou sua intervenção diária ao habitual leilão de compra de dólares, à taxa de corte de R$ 1,9552.

"Ainda não é possível dizer que R$ 1,95 é um novo piso. Por muito tempo, o mercado achou que R$ 2 era o piso informal do Banco Central e depois se viu que não era bem assim", afirma Francisco Batista, gerente de operações da corretora Hoya.

Para o corretor, se o BC se ausentar do mercado durante dois ou três dias, a taxa ainda pode cair mais. "Muitos economistas bons já falam que a taxa não deve voltar a R$ 2 por um bom tempo e que ainda pode chegar a R$ 1,85", acrescenta.

Analistas e corretores do mercado mostram alguma apreensão com as possíveis estratégias da autoridade monetária para deter a taxa. No front macroeconômico, a Fazenda já sinalizou que deve compensar as empresas mais prejudicadas pelo dólar barato.

No campo financeiro, analistas começam a recomendar que o BC atue com mais força no mercado futuro de câmbio, para alterar as expectativas sobre o preço da moeda americana.

Perdas e ganhos

Como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta, o dólar baixo é "bom para uns, ruins para outros", e quem ganha mais na história é o consumidor assalariado.

No bolso do consumidor, o reflexo principal ocorre nos preços mais baixos de eletroeletrônicos, produtos alimentícios e passagens aéreas. Nos itens analisados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o celular foi o que teve a queda mais acentuada, com redução de 73% no preço nos últimos três anos e de 22% nos últimos 12 meses.

Na outra ponta, quem mais perde são as empresas exportadoras, que perdem lucros ao vender lá fora por causa do dólar desvalorizado. No mercado interno, a dificuldade é concorrer com os produtos importados, que chegam ao consumidor com preços mais baixos que no passado.

Para compensar essas empresas prejudicadas pelo câmbio, o governo prometeu criar um pacote de incentivos, basicamente com redução de tributos. "Existe um conjunto de medidas que estão sendo estudadas pelo governo para ajudar as empresas mais intensivas em mão-de-obra nessa transição para um cenário de real mais valorizado", afirmou o secretário de Política Econômica, Bernard Appy.

Risco-país

Também hoje a taxa de risco-país cedeu para um novo patamar histórico mínimo, aos 143 pontos, medidos pelo índice Embi+, do banco JP Morgan. Ontem, a agência Standard & Poor's, na seqüência da Fitch, elevou o "rating" (nota de risco de crédito) soberano do Brasil.

Juros futuros

As projeções de juros caíram ontem com força no mercado futuro da BM&F e voltaram a ceder na jornada de hoje. O contrato de janeiro de 2008 projetou taxa de 11,33% ante 11,34% na quarta-feira. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada cedeu de 10,51% para 10,48%. Já no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 10,22% para 10,15%.

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