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26/12/2000
-
19h29
CHICO SANTOS
ISABEL CLEMENTE
da Folha Online, no Rio de Janeiro
Para o coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Maurício França Rubem, a mudança da marca da Petrobras "é mais um passo para a privatização da empresa". Ele disse que a FUP vai discutir com "outros setores da sociedade" a possibilidade de ser feita uma "mobilização nacional" contra a decisão.
Na manhã de hoje, o presidente da estatal, Henri Philippe Reichstul, fez reuniões com a FUP, com a Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras) e com políticos da Frente Parlamentar Nacionalista para explicar a mudança.
"Uma mudança desse tipo sempre tem alguma dose de polêmica", disse mais tarde Reichstul. Segundo ele, o argumento de que a mudança favorece a privatização da empresa não se sustenta, porque ela visa a integração da estatal e seu consequente fortalecimento.
"Acho que a privatização viria muito mais facilmente com a debilitação do que com o fortalecimento da companhia", argumentou.
Rubem, da FUP, disse que a reunião foi convocada pela estatal para comunicar e não para discutir a mudança.
Para ele, a troca "é um grande equívoco" porque "só se consolida uma marca mantendo-a". Rubem disse que a FUP está preocupada em combater a mudança em conjunto com outros setores da sociedade, para que não seja dito que a entidade está interessada apenas em defender interesses corporativos. Segundo ele, a entidade tentará reeditar o movimento "o petróleo é nosso", que resultou na fundação da Petrobras.
O deputado federal Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), integrante da Frente Parlamentar Nacionalista, disse que o bloco fará reuniões para discutir a decisão da Petrobras.
Barbosa disse que "um patrimônio de 50 anos (a Petrobras foi fundada em 1953) tem um valor comercial grande que precisa ser levado em conta".
Ele ressalvou que a empresa apresentou argumentos "fortes" que precisam ser bem analisados. "É evidente que a troca do esse pelo xis preocupa menos que se fosse do esse pelo zê (de Brazil)", concluiu em tom de ironia.
"Mudança na marca é mais um passo para privatizar a Petrobras"
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ISABEL CLEMENTE
da Folha Online, no Rio de Janeiro
Para o coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Maurício França Rubem, a mudança da marca da Petrobras "é mais um passo para a privatização da empresa". Ele disse que a FUP vai discutir com "outros setores da sociedade" a possibilidade de ser feita uma "mobilização nacional" contra a decisão.
Na manhã de hoje, o presidente da estatal, Henri Philippe Reichstul, fez reuniões com a FUP, com a Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras) e com políticos da Frente Parlamentar Nacionalista para explicar a mudança.
"Uma mudança desse tipo sempre tem alguma dose de polêmica", disse mais tarde Reichstul. Segundo ele, o argumento de que a mudança favorece a privatização da empresa não se sustenta, porque ela visa a integração da estatal e seu consequente fortalecimento.
"Acho que a privatização viria muito mais facilmente com a debilitação do que com o fortalecimento da companhia", argumentou.
Rubem, da FUP, disse que a reunião foi convocada pela estatal para comunicar e não para discutir a mudança.
Para ele, a troca "é um grande equívoco" porque "só se consolida uma marca mantendo-a". Rubem disse que a FUP está preocupada em combater a mudança em conjunto com outros setores da sociedade, para que não seja dito que a entidade está interessada apenas em defender interesses corporativos. Segundo ele, a entidade tentará reeditar o movimento "o petróleo é nosso", que resultou na fundação da Petrobras.
O deputado federal Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), integrante da Frente Parlamentar Nacionalista, disse que o bloco fará reuniões para discutir a decisão da Petrobras.
Barbosa disse que "um patrimônio de 50 anos (a Petrobras foi fundada em 1953) tem um valor comercial grande que precisa ser levado em conta".
Ele ressalvou que a empresa apresentou argumentos "fortes" que precisam ser bem analisados. "É evidente que a troca do esse pelo xis preocupa menos que se fosse do esse pelo zê (de Brazil)", concluiu em tom de ironia.
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