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25/01/2001 - 16h43

Economistas apostam em Davos que EUA conseguem driblar recessão

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da France Presse

Apesar de uma queda no crescimento econômico este ano, os Estados Unidos não entrarão em recessão, ou em todo o caso não mais que o resto do planeta.

A afirmação foi feita por um grupo de economistas que participam nesta quinta-feira do Fórum Econômico Mundial de Davos.

"Como se prenuncia essa queda do crescimento será caótica, quase brutal, mas o mais provável é que não será acompanhada de recessão em 2001", afirmou Alan Blinder, um de Economia da Universidade de Princetown.

"Não falamos de recessão, mas de um freio", explicou Jacob Frenkel, consultor da Merrill Lynch.

Os Estados Unidos, que registraram um desempenho econômico impressionante na década de 90, passarão de 5% de crescimento em 2000 a cerca de 2% aproximadamente em 2001, admite o economista de Princetown.
"Não é uma recessão, mas uma transformação" que se produzirá rapidamente, asseverou Frenkel.

Isto por uma razão essencial: "a rapidez com que se transmite a informação" atualmente, o que permite der um lado às empresas ajustar muito melhor o nível de seus excedentes e reservas.

Essa velocidade permite ao mesmo tempo ao mercado reagir instantaneamente a essas notícias, assim como a uma queda das taxas de juros do Federal Reserve para reaquecer a economia.

Os técnicos se mostraram divididos em relação à utilidade do recente corte de impostos anunciado pelo novo presidente George W. Bush.

"Deveria ser utilizado para evitar os excedentes de produção, incentivando o consumidor", opinou Frenkel.

"Poderá causar problemas ao déficit externo americano", opinou por sua vez Jurgen von Hagen, professor do Centro de Estudos para a Integração Européia em Bonn (Alemanha).

Dados divulgados por Kenneth Courtis, vice-presidente da Goldman Sachs e especialista em questões da Ásia, fizeram com que empresários e a elite econômica mundial recordassem que o endividamento das famílias americanas chegou a US$ 400 bilhões no ano 2000.

A situação no resto do mundo depende em grande medida do motor da primeira potência mundial, mas não exclusivamente.

Courtis se mostrou irônico com o Japão: "a única maneira de ser otimista com os gráficos (estatísticos) do Japão é colocado-os de cabeça para baixo".

Depois o tom foi mais sombrio: "este país passou uma década cavando um buraco para se enterrar. Quando o governo parar de investir, o crescimento diminuirá", criticou.

Mas ao mesmo tempo lembrou aos participantes que a segunda potência mundial continua sendo um país interessante, entre outras coisas porque o nível de poupança continua alto.

A Europa seguirá o rastro dos Estados Unidos. Para o especialista europeu, Hagen, a região poderia arrebatar o papel de motor mundial aos EUA.
 

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