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26/01/2001 - 13h58

Para Davos, Internet é ferramenta para construir empresas, não riquezas

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LUCAS VAN GRINSEN
da Reuters, em Davos

Em total contraste com a exuberância da Internet que reinava há um ano, a mensagem do Fórum Mundial Econômico de Davos de 2001 é que a rede serve para construir companhias, em vez de gerar riqueza rápida.

Alguns dos líderes empresariais mais importantes do mundo, que estão reunidos no resort de esqui nos Alpes suíços, admitiram que foram culpados de ganância que trouxe uma enorme fortuna para poucos, mas grandes perdas para muitos outros.

'Nós vimos muita ganância, incluindo a de nós mesmos. As pessoas pensavam que um lucro de 30% em investimentos era fácil e 100% era possível'', disse Hasso Plattner, co-diretor-executivo da alemã SAP, a maior empresa fabricante de software.

A sua companhia entrou na carona da Internet há dois anos e perdeu 250 milhões de dólares no processo. 'Não do mercado de ações, mas do nosso próprio dinheiro. Dinheiro que investimos'', disse Plattner.

Como muitas outras, a SAP se aventurou no mercado de empresas de Internet de negócios ao consumidor, que nunca deram lucro.

O quadro sombrio que ele pintou é um grito distante do humor otimista que ditou o primeiro encontro do milênio do Fórum, há 12 anos, quando a bolha da Internet estava a apenas dois meses de estourar, e quando os investidores avaliaram um usuário único do serviço de provedor grátis com sendo de 10 mil euros (US$ 9.285) ou mais.

Usuários registrados do portal norte-americano do Yahoo, o site mais popular da Web em vários países, estão avaliados atualmente em US$ 240, de acordo com uma pesquisa da JP Morgan.

Dinheiro virtual tem parado de entrar na maioria dos novos empreendimentos de Internet, que ficaram um tanto desesperados por um novo fôlego, enquanto 'velhas'' companhias que geram lucro poderão mostrar um sorriso no canto dos lábios.
 

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