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02/04/2001
-
07h42
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
Depois de uma semana complicada para o governo no Congresso, em meio a denúncias de liberação de recursos para evitar a adesão de parlamentares da base aliada à proposta de instalação da CPI da Corrupção, os próximos dias deverão ser mais tranqüilos -pelo menos é o que espera o Palácio do Planalto.
O líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA), já avisou que o presidente Fernando Henrique Cardoso 'não terá sossego até o final do seu mandato'' -ou seja, mesmo que a oposição não consiga o número mínimo de assinaturas para instalar a CPI mista (171 na Câmara e 27 no Senado), a campanha pela investigação vai continuar.
Na quinta-feira (5), devem começar a ser instalados os painéis com o 'placar da CPI'' onde deverão ser colocados os nomes dos parlamentares contrários e a favor das investigações. Até ontem, o requerimento já contava com 25 assinaturas de senadores e 144 de deputados.
Enquanto os oposicionistas prosseguem garimpando apoios à CPI, os líderes da base governista consideram a inciativa 'enterrada''. Acreditando nisso, a ordem agora é trabalhar e votar os projetos 'prioritários''.
Amanhã, o Congresso Nacional se reúne para votar 41 Medidas Provisórias. Só que o PT já está avisando que vai obstruir esta e todas as demais votações, numa estratégia para pressionar o governo a aceitar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. A queda-de-braço pende mais para o lado do Planalto. O governo jogou pesado na semana passada para convencer os aliados a não aderirem à campanha da oposição.
Nem mesmo uma provável reunião do PL (Partido Liberal), para definir a postura sobre a CPI, assusta mais o governo. Os partidos de oposição contam ainda com as assinaturas de 15 deputados 'carlistas'' do PFL, mas o apoio deles depende do aval do senador Antonio Carlos Magalhães(PFL-BA).
E depois de passar três dias longe da crise, nos Estados Unidos, onde manteve encontro com o presidente George W. Bush, Fernando Henrique Cardoso está de volta para retomar a administração do maior racha político na base aliada, desde quando assumiu o governo, em janeiro de 1995.
Amanhã, FHC receberá a visita do presidente Hugo Chávez, da Venezuela. O assunto do encontro será a criação da Alca. Na sexta-feira, FHC disse em Washington, após o encontro com Bush, que a Alca não foi discutida na Casa Branca, apesar do assunto ter sido divulgado anteriormente como o principal motivo da viagem aos EUA.
Oposição ainda acredita na CPI e FHC recebe Hugo Chávez
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da Folha Online, em Brasília
Depois de uma semana complicada para o governo no Congresso, em meio a denúncias de liberação de recursos para evitar a adesão de parlamentares da base aliada à proposta de instalação da CPI da Corrupção, os próximos dias deverão ser mais tranqüilos -pelo menos é o que espera o Palácio do Planalto.
O líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA), já avisou que o presidente Fernando Henrique Cardoso 'não terá sossego até o final do seu mandato'' -ou seja, mesmo que a oposição não consiga o número mínimo de assinaturas para instalar a CPI mista (171 na Câmara e 27 no Senado), a campanha pela investigação vai continuar.
Na quinta-feira (5), devem começar a ser instalados os painéis com o 'placar da CPI'' onde deverão ser colocados os nomes dos parlamentares contrários e a favor das investigações. Até ontem, o requerimento já contava com 25 assinaturas de senadores e 144 de deputados.
Enquanto os oposicionistas prosseguem garimpando apoios à CPI, os líderes da base governista consideram a inciativa 'enterrada''. Acreditando nisso, a ordem agora é trabalhar e votar os projetos 'prioritários''.
Amanhã, o Congresso Nacional se reúne para votar 41 Medidas Provisórias. Só que o PT já está avisando que vai obstruir esta e todas as demais votações, numa estratégia para pressionar o governo a aceitar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. A queda-de-braço pende mais para o lado do Planalto. O governo jogou pesado na semana passada para convencer os aliados a não aderirem à campanha da oposição.
Nem mesmo uma provável reunião do PL (Partido Liberal), para definir a postura sobre a CPI, assusta mais o governo. Os partidos de oposição contam ainda com as assinaturas de 15 deputados 'carlistas'' do PFL, mas o apoio deles depende do aval do senador Antonio Carlos Magalhães(PFL-BA).
E depois de passar três dias longe da crise, nos Estados Unidos, onde manteve encontro com o presidente George W. Bush, Fernando Henrique Cardoso está de volta para retomar a administração do maior racha político na base aliada, desde quando assumiu o governo, em janeiro de 1995.
Amanhã, FHC receberá a visita do presidente Hugo Chávez, da Venezuela. O assunto do encontro será a criação da Alca. Na sexta-feira, FHC disse em Washington, após o encontro com Bush, que a Alca não foi discutida na Casa Branca, apesar do assunto ter sido divulgado anteriormente como o principal motivo da viagem aos EUA.
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