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15/04/2001
-
10h32
da Folha de S. Paulo
O que era um bico para professores e universitários tornou-se um novo negócio. As aulas de reforço escolar agora são centralizadas por microempresas, que montam turmas no próprio estabelecimento ou mandam funcionários até a casa do aluno.
Um exemplo é a Kumon, que pode ser montada na residência do empreendedor. Assim, o investimento inicial fica em R$ 410. A marca fornece o método e o material didático para os franqueados. A preferência é para mulheres acima de 25 anos, com nível superior, que são submetidas a testes de conhecimentos.
Por mês, a Kumon cobra 45% do faturamento, para suprir as despesas com material didático e royalties (porcentagem mensal cobrada pelo uso da marca). Isso prejudica os ganhos nos primeiros meses, segundo Simone Sayuri, 30, franqueada em Osasco (Grande São Paulo).
"Deu medo. No início, minha remuneração era de um salário mínimo", conta. Mas aos poucos ela descobriu que o segredo é a propaganda.
"Anunciei em jornais e distribuí panfletos em escolas e shoppings." Com isso, o faturamento cresceu, e, depois de três anos, Simone ganha R$ 3.000.
Ela dá outra dica para novatos: "Controle o tempo, senão as tarefas invadem o fim de semana."
Outra marca é a Vésper. Para ser um franqueado da escola, o interessado deve pertencer à área de educação e desembolsar R$ 35 mil, com taxa de franquia, montagem do local e capital de giro.
Segundo a coordenadora pedagógica Maria Cristina Basile, 33, a empresa já possui quatro filiais e busca candidatos para o Tatuapé (zona leste), Alphaville (Grande São Paulo) e zona norte.
Os royalties equivalem a 10% do faturamento bruto. Em dois anos, a estimativa é que o empresário fature R$ 3.750 líquidos.
Disk-professor
Já a AProva manda os professores até a casa dos clientes. A empresa foi criada por três estudantes da Poli (a faculdade de engenharia da Universidade de São Paulo) e hoje possui um site (www.aprovaprofessores.com.br). O maior gasto foi com a divulgação do endereço, cerca de R$ 40 mil em três meses.
"Pagamos R$ 20 ao professor por uma hora de aula para um aluno", conta Ricardo Ávila, 22, um dos sócios. Os mestres escolhem as regiões onde querem lecionar, e a escola mantém um cadastro para atender São Paulo, ABC, Osasco e Guarulhos.
Uma das dificuldades, segundo Ávila, é a sazonalidade. "Os picos ocorrem em setembro e outubro, e a maioria dos pedidos são para a véspera da prova."
AProva: 0/xx/11/3663-4436; Kumon: 0/xx/11/3887-3397; Vésper: 0/xx/11/3819-5758.
Aprenda a montar uma escola de reforço com R$ 410
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O que era um bico para professores e universitários tornou-se um novo negócio. As aulas de reforço escolar agora são centralizadas por microempresas, que montam turmas no próprio estabelecimento ou mandam funcionários até a casa do aluno.
Um exemplo é a Kumon, que pode ser montada na residência do empreendedor. Assim, o investimento inicial fica em R$ 410. A marca fornece o método e o material didático para os franqueados. A preferência é para mulheres acima de 25 anos, com nível superior, que são submetidas a testes de conhecimentos.
Por mês, a Kumon cobra 45% do faturamento, para suprir as despesas com material didático e royalties (porcentagem mensal cobrada pelo uso da marca). Isso prejudica os ganhos nos primeiros meses, segundo Simone Sayuri, 30, franqueada em Osasco (Grande São Paulo).
"Deu medo. No início, minha remuneração era de um salário mínimo", conta. Mas aos poucos ela descobriu que o segredo é a propaganda.
"Anunciei em jornais e distribuí panfletos em escolas e shoppings." Com isso, o faturamento cresceu, e, depois de três anos, Simone ganha R$ 3.000.
Ela dá outra dica para novatos: "Controle o tempo, senão as tarefas invadem o fim de semana."
Outra marca é a Vésper. Para ser um franqueado da escola, o interessado deve pertencer à área de educação e desembolsar R$ 35 mil, com taxa de franquia, montagem do local e capital de giro.
Segundo a coordenadora pedagógica Maria Cristina Basile, 33, a empresa já possui quatro filiais e busca candidatos para o Tatuapé (zona leste), Alphaville (Grande São Paulo) e zona norte.
Os royalties equivalem a 10% do faturamento bruto. Em dois anos, a estimativa é que o empresário fature R$ 3.750 líquidos.
Disk-professor
Já a AProva manda os professores até a casa dos clientes. A empresa foi criada por três estudantes da Poli (a faculdade de engenharia da Universidade de São Paulo) e hoje possui um site (www.aprovaprofessores.com.br). O maior gasto foi com a divulgação do endereço, cerca de R$ 40 mil em três meses.
"Pagamos R$ 20 ao professor por uma hora de aula para um aluno", conta Ricardo Ávila, 22, um dos sócios. Os mestres escolhem as regiões onde querem lecionar, e a escola mantém um cadastro para atender São Paulo, ABC, Osasco e Guarulhos.
Uma das dificuldades, segundo Ávila, é a sazonalidade. "Os picos ocorrem em setembro e outubro, e a maioria dos pedidos são para a véspera da prova."
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