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21/05/2001
-
09h27
da Folha de S.Paulo
Em três notas oficiais divulgadas ontem, o governo tentou demonstrar que não trabalhou para abafar o caso do socorro ao banco Marka, de Salvatore Cacciola, e que desconhecia qualquer ''deslize'' do ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, numa referência à suposta participação do executivo em esquema de venda de informação privilegiada relatado pela revista ''Veja'' deste fim de semana.
Oficialmente, a PF (Polícia Federal) ignora a existência das fitas mencionadas na reportagem da revista, que comprovariam a atuação de Lopes no comércio de informações privilegiadas e que teriam sido utilizadas por Cacciola para chantageá-lo, conseguindo o socorro de R$ 1 bilhão ao Marka.
Em nota à imprensa, a PF afirma que as informações publicadas por ''Veja'' fazem parte dos 11 volumes e 28 anexos do inquérito aberto para apurar o caso em abril de 1999, o que deu origem à ação penal contra 13 réus.
Há duas exceções, que, conforme o comunicado oficial, agora ''serão objeto de imediata e pertinente investigação'' da Polícia Federal: a conta no exterior do banco Pactual, de onde teriam saído recursos para financiar o suposto esquema e a existência de três telefones celulares que viabilizariam a comunicação das informações privilegiadas.
Em nota assinada pelo porta-voz da Presidência, Georges Lamazière, afirma que ''a demissão do dr. Francisco Lopes da presidência do Banco Central teve razões exclusivamente funcionais, não tendo o senhor presidente da República nenhum conhecimento de deslize do mencionado funcionário''.
Também em nota distribuída pelo Planalto, o ex-ministro Clovis Carvalho (Casa Civil) declara nunca ter participado de ''qualquer ação relativa a qualquer tipo de ameaça ou crise''.
Segundo a reportagem de ''Veja'', no momento em que se tornou público que Lopes possuía US$ 1,6 milhão no exterior, Carvalho foi encarregado de espalhar a versão de que o dinheiro era fruto de uma herança paterna.
Governo rejeita "abafa", e PF diz que investigará
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Em três notas oficiais divulgadas ontem, o governo tentou demonstrar que não trabalhou para abafar o caso do socorro ao banco Marka, de Salvatore Cacciola, e que desconhecia qualquer ''deslize'' do ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, numa referência à suposta participação do executivo em esquema de venda de informação privilegiada relatado pela revista ''Veja'' deste fim de semana.
Oficialmente, a PF (Polícia Federal) ignora a existência das fitas mencionadas na reportagem da revista, que comprovariam a atuação de Lopes no comércio de informações privilegiadas e que teriam sido utilizadas por Cacciola para chantageá-lo, conseguindo o socorro de R$ 1 bilhão ao Marka.
Em nota à imprensa, a PF afirma que as informações publicadas por ''Veja'' fazem parte dos 11 volumes e 28 anexos do inquérito aberto para apurar o caso em abril de 1999, o que deu origem à ação penal contra 13 réus.
Há duas exceções, que, conforme o comunicado oficial, agora ''serão objeto de imediata e pertinente investigação'' da Polícia Federal: a conta no exterior do banco Pactual, de onde teriam saído recursos para financiar o suposto esquema e a existência de três telefones celulares que viabilizariam a comunicação das informações privilegiadas.
Em nota assinada pelo porta-voz da Presidência, Georges Lamazière, afirma que ''a demissão do dr. Francisco Lopes da presidência do Banco Central teve razões exclusivamente funcionais, não tendo o senhor presidente da República nenhum conhecimento de deslize do mencionado funcionário''.
Também em nota distribuída pelo Planalto, o ex-ministro Clovis Carvalho (Casa Civil) declara nunca ter participado de ''qualquer ação relativa a qualquer tipo de ameaça ou crise''.
Segundo a reportagem de ''Veja'', no momento em que se tornou público que Lopes possuía US$ 1,6 milhão no exterior, Carvalho foi encarregado de espalhar a versão de que o dinheiro era fruto de uma herança paterna.
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