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29/05/2001
-
13h27
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A crise energética coloca em risco o emprego de 180 mil trabalhadores empregados em micro e pequenas indústrias de São Paulo. A estimativa foi feita hoje pelo presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), Joseph Couri.
Esse volume de demissões equivale a 20% dos 912 mil funcionários das 157 mil micro e pequenas indústrias existentes no Estado.
Segundo Couri, o racionamento de energia elétrica prejudica muito mais as micro e pequenas indústrias do que as grandes e médias.
"As médias e grandes indústrias estão melhor preparadas para enfrentar a crise de energia. A maioria conta com fontes alternativas de energia ou geradores. Já as micro e pequenas estão totalmente despreparadas para enfrentar o problema", disse.
Para reduzir o risco de desemprego no setor, o Simpi entregou para o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, uma pauta de reivindicações que será levada para a Câmara de Gestão da Crise de Energia, o chamado ministério do apagão, em Brasília (DF).
A pauta do Simpi pede que as micro e pequenas indústrias tenham isenção tributária para compra de geradores nacionais e importados.
"A isenção poderia baratear em 40% o custo dos geradores. É preciso estender a medida para importações, pois hoje não existe geradores no mercado para pronta-entrega. A espera já chega a 180 dias", afirmou Couri.
As micro e pequenas indústrias também querem a abertura de uma linha de crédito para financiamento da compra de geradores em 60 e 96 meses.
"O preço dos geradores varia de R$ 40 mil a R$ 150 mil. Uma pequena indústria não pode fazer um investimento desse sem quebrar", disse ele.
Para ajudar o setor a reduzir o consumo de energia, o Simpi pede ainda que as micro e pequenas indústrias sejam incluídas no Procel (Programa de Conservação de Energia Elétrica).
Mesmo com todas essas medidas, Couri diz que o setor não tem condições cumprir a meta da câmara, de reduzir em 20% o consumo de energia.
Segundo ele, várias empresas "acreditaram no governo e fizeram investimentos que impossibilitam voltar a consumir a média de energia de maio, junho e julho do ano passado". "Pense numa pequena indústria que tinha uma única máquina e de lá para cá comprou mais uma. Ela aumentou em 100% o seu consumo de energia."
Para resolver casos como esse, o Simpi também pede para que a câmara estipule uma meta diferenciada de redução de consumo para o setor.
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A crise energética coloca em risco o emprego de 180 mil trabalhadores empregados em micro e pequenas indústrias de São Paulo. A estimativa foi feita hoje pelo presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), Joseph Couri.
Esse volume de demissões equivale a 20% dos 912 mil funcionários das 157 mil micro e pequenas indústrias existentes no Estado.
Segundo Couri, o racionamento de energia elétrica prejudica muito mais as micro e pequenas indústrias do que as grandes e médias.
"As médias e grandes indústrias estão melhor preparadas para enfrentar a crise de energia. A maioria conta com fontes alternativas de energia ou geradores. Já as micro e pequenas estão totalmente despreparadas para enfrentar o problema", disse.
Para reduzir o risco de desemprego no setor, o Simpi entregou para o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, uma pauta de reivindicações que será levada para a Câmara de Gestão da Crise de Energia, o chamado ministério do apagão, em Brasília (DF).
A pauta do Simpi pede que as micro e pequenas indústrias tenham isenção tributária para compra de geradores nacionais e importados.
"A isenção poderia baratear em 40% o custo dos geradores. É preciso estender a medida para importações, pois hoje não existe geradores no mercado para pronta-entrega. A espera já chega a 180 dias", afirmou Couri.
As micro e pequenas indústrias também querem a abertura de uma linha de crédito para financiamento da compra de geradores em 60 e 96 meses.
"O preço dos geradores varia de R$ 40 mil a R$ 150 mil. Uma pequena indústria não pode fazer um investimento desse sem quebrar", disse ele.
Para ajudar o setor a reduzir o consumo de energia, o Simpi pede ainda que as micro e pequenas indústrias sejam incluídas no Procel (Programa de Conservação de Energia Elétrica).
Mesmo com todas essas medidas, Couri diz que o setor não tem condições cumprir a meta da câmara, de reduzir em 20% o consumo de energia.
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