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30/05/2001
-
09h37
ALEX RIBEIRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo calculou quanto a Eletrobrás deverá perder em receitas se o racionamento de energia elétrica for bem sucedido: R$ 1,3 bilhão, apenas no período de junho a dezembro deste ano, já descontados os impostos que a estatal deixará de pagar.
A queda de receitas com a venda de energia irá ocorrer justamente quando a estatal será demandada para liderar os investimentos em geração de energia. A provável solução será tomar empréstimos no exterior.
Até a próxima semana, o ''ministério do apagão'' deverá receber a lista de projetos prioritários do grupo Eletrobrás -que, entre outras empresas, inclui Furnas, Chesf e Eletronorte.
No Orçamento estava previsto investimento total de R$ 3,1 bilhões. A idéia é selecionar os projetos que possam, no curto prazo, ampliar a oferta de energia. A tendência é que seja ampliado o volume de recursos.
O passo seguinte será montar a engenharia financeira para bancar os projetos. Nos últimos anos, os projetos eram tocados basicamente com o caixa da empresa. Como as receitas vão cair, a empresa deve voltar a se endividar.
O governo traçou três cenários para o desempenho da Eletrobrás durante o racionamento. No tido como o mais provável, no qual a população cumpriria a meta de economizar 20%, o grupo Eletrobrás perderia R$ 1,3 bilhão.
Se a economia ficar em 15%, a perda de receitas da Eletrobrás ficaria em R$ 1 bilhão entre junho e dezembro. O terceiro cenário trabalha com economia de 10% e perda de R$ 660 milhões.
Para bancar seus projetos, a Eletrobrás deverá buscar financiamentos no exterior. Os juros cobrados da estatal são muito próximos daqueles pagos pelo Banco Central em lançamentos de bônus da República.
Os investidores estrangeiros estão receptivos aos papéis da empresa porque atualmente ela tem baixo nível de endividamento. Os empréstimos representam cerca de 5% do patrimônio líquido (dinheiro investido numa empresa por seus acionistas).
As regras do ajuste fiscal obrigam a estatal a pagar pelo menos 20% dos empréstimos vencidos a cada ano. Para que a Eletrobrás volte a captar no mercado, será preciso afrouxar esse limite.
Veja especial sobre a Crise Energética
Eletrobrás perderá R$ 1,3 bi até dezembro
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo calculou quanto a Eletrobrás deverá perder em receitas se o racionamento de energia elétrica for bem sucedido: R$ 1,3 bilhão, apenas no período de junho a dezembro deste ano, já descontados os impostos que a estatal deixará de pagar.
A queda de receitas com a venda de energia irá ocorrer justamente quando a estatal será demandada para liderar os investimentos em geração de energia. A provável solução será tomar empréstimos no exterior.
Até a próxima semana, o ''ministério do apagão'' deverá receber a lista de projetos prioritários do grupo Eletrobrás -que, entre outras empresas, inclui Furnas, Chesf e Eletronorte.
No Orçamento estava previsto investimento total de R$ 3,1 bilhões. A idéia é selecionar os projetos que possam, no curto prazo, ampliar a oferta de energia. A tendência é que seja ampliado o volume de recursos.
O passo seguinte será montar a engenharia financeira para bancar os projetos. Nos últimos anos, os projetos eram tocados basicamente com o caixa da empresa. Como as receitas vão cair, a empresa deve voltar a se endividar.
O governo traçou três cenários para o desempenho da Eletrobrás durante o racionamento. No tido como o mais provável, no qual a população cumpriria a meta de economizar 20%, o grupo Eletrobrás perderia R$ 1,3 bilhão.
Se a economia ficar em 15%, a perda de receitas da Eletrobrás ficaria em R$ 1 bilhão entre junho e dezembro. O terceiro cenário trabalha com economia de 10% e perda de R$ 660 milhões.
Para bancar seus projetos, a Eletrobrás deverá buscar financiamentos no exterior. Os juros cobrados da estatal são muito próximos daqueles pagos pelo Banco Central em lançamentos de bônus da República.
Os investidores estrangeiros estão receptivos aos papéis da empresa porque atualmente ela tem baixo nível de endividamento. Os empréstimos representam cerca de 5% do patrimônio líquido (dinheiro investido numa empresa por seus acionistas).
As regras do ajuste fiscal obrigam a estatal a pagar pelo menos 20% dos empréstimos vencidos a cada ano. Para que a Eletrobrás volte a captar no mercado, será preciso afrouxar esse limite.
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