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31/05/2001
-
19h50
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O Grupo Gerdau poderá reduzir suas exportações em razão da crise energética, que não afetará, porém, o fornecimento de produtos siderúrgicos do conglomerado para o mercado interno.
O grupo, que hoje comemorou cem anos de fundação, já decidiu que não haverá demissão de funcionários (12 mil pessoas no Brasil e no exterior), conforme disse seu presidente, Jorge Gerdau Johannpeter.
Para enfrentar o racionamento de energia, será implementado um remanejamento de matéria-prima entre as nove usinas existentes no Brasil, algumas das quais utilizam carvão vegetal e gás natural, minorando o problema.
Outro atenuante é que unidades situadas no Nordeste não estão entre as que mais produzem no grupo. Além disso, a Açominas, da qual o conglomerado participa, gera 70% da energia que consome.
Jorge Gerdau disse que a crise energética merece atenção, mas pode ser contornada pelo país. Ele declarou, como um exemplo de solução para a escassez, o aluguel de geradores por navios, cuja oferta no mundo é "enorme". "volta e meia esse problema (falta de energia) está acontecendo no mundo."
Para marcar os cem anos de existência, o Grupo Gerdau doou 30 mil ações preferenciais a cada um dos seus 8.500 funcionários no Brasil. A entrega de ações totalizou R$ 4,3 milhões. "Nossos colaboradores são parceiros estratégicos no negócio", disse Gerdau.
O cadastro da Fiergs (a federação das indústrias no Estado) reúne cerca de 10 mil empresas, das quais apenas sete fazem companhia à Gerdau na condição de centenárias.
Multinacional brasileira com unidades nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile e Uruguai, o grupo gaúcho contabilizou o melhor resultado de sua história: R$ 406 milhões de lucro líquido consolidado no ano passado, quando o faturamento foi de R$ 6,2 bilhões.
A produção de aço das usinas atingiu 7,1 milhões de toneladas, destinadas à construção civil, indústria e setores automotivo e agropecuário. No mercado doméstico, foram vendidas 3,5 milhões de toneladas de produtos Gerdau. As exportações a partir do Brasil foram de 1,1 milhão de toneladas.
A origem do grupo foi a pequena Fábrica de Pregos Pontas de Paris, aberta em Porto Alegre pelo imigrante alemão João Gerdau e seu filho Hugo. O negócio empregava 40 pessoas em 1901.
Um dos projetos do grupo, que está em andamento, é a construção de uma usina em São Paulo, com capacidade de 1,1 milhão de toneladas de aço por ano e de 1 milhão de toneladas de produtos laminados para a construção civil. O investimento é de R$ 820 milhões, e a operação está prevista para iniciar em 2003.
Gerdau pode reduzir exportações devido à crise de energia
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O Grupo Gerdau poderá reduzir suas exportações em razão da crise energética, que não afetará, porém, o fornecimento de produtos siderúrgicos do conglomerado para o mercado interno.
O grupo, que hoje comemorou cem anos de fundação, já decidiu que não haverá demissão de funcionários (12 mil pessoas no Brasil e no exterior), conforme disse seu presidente, Jorge Gerdau Johannpeter.
Para enfrentar o racionamento de energia, será implementado um remanejamento de matéria-prima entre as nove usinas existentes no Brasil, algumas das quais utilizam carvão vegetal e gás natural, minorando o problema.
Outro atenuante é que unidades situadas no Nordeste não estão entre as que mais produzem no grupo. Além disso, a Açominas, da qual o conglomerado participa, gera 70% da energia que consome.
Jorge Gerdau disse que a crise energética merece atenção, mas pode ser contornada pelo país. Ele declarou, como um exemplo de solução para a escassez, o aluguel de geradores por navios, cuja oferta no mundo é "enorme". "volta e meia esse problema (falta de energia) está acontecendo no mundo."
Para marcar os cem anos de existência, o Grupo Gerdau doou 30 mil ações preferenciais a cada um dos seus 8.500 funcionários no Brasil. A entrega de ações totalizou R$ 4,3 milhões. "Nossos colaboradores são parceiros estratégicos no negócio", disse Gerdau.
O cadastro da Fiergs (a federação das indústrias no Estado) reúne cerca de 10 mil empresas, das quais apenas sete fazem companhia à Gerdau na condição de centenárias.
Multinacional brasileira com unidades nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile e Uruguai, o grupo gaúcho contabilizou o melhor resultado de sua história: R$ 406 milhões de lucro líquido consolidado no ano passado, quando o faturamento foi de R$ 6,2 bilhões.
A produção de aço das usinas atingiu 7,1 milhões de toneladas, destinadas à construção civil, indústria e setores automotivo e agropecuário. No mercado doméstico, foram vendidas 3,5 milhões de toneladas de produtos Gerdau. As exportações a partir do Brasil foram de 1,1 milhão de toneladas.
A origem do grupo foi a pequena Fábrica de Pregos Pontas de Paris, aberta em Porto Alegre pelo imigrante alemão João Gerdau e seu filho Hugo. O negócio empregava 40 pessoas em 1901.
Um dos projetos do grupo, que está em andamento, é a construção de uma usina em São Paulo, com capacidade de 1,1 milhão de toneladas de aço por ano e de 1 milhão de toneladas de produtos laminados para a construção civil. O investimento é de R$ 820 milhões, e a operação está prevista para iniciar em 2003.
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