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04/06/2001 - 09h50

Crise energética afetará pouco os papéis de bancos

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da Folha de S.Paulo

Em tempos de racionamento energético, não descarte as ações de bancos e os fundos setoriais que aplicam a maior parte do dinheiro do investidor em papéis de instituições financeiras. Eles estão sendo vistos, por alguns analistas e investidores, como uma luz no fim do túnel.

A lógica dos analistas é a seguinte: os bancos têm grande capacidade de se adaptar, sem prejuízo, aos mais variados cenários econômicos. Com a falta de luz, as instituições financeiras poderão ter a carteira de crédito reduzida ou deteriorada por maus pagadores, mas isso poderá ser compensado com a alta das taxas de juro.

"O setor bancário é o que menos deve sofrer com a falta de energia porque ele não produz nenhum bem, só presta um serviço", diz Angelo Larozi, da corretora Souza Barros.

Hoje, existem apenas dois fundos que aplicam em ações de bancos: o Safra Setorial Bancos e o CCF Banking (HSBC). No Safra, a aplicação mínima é de R$ 2.000, e a taxa de administração de 1% ao ano. Já no HSBC Investment Banking é preciso ser cliente "private", mas a instituição pretende abrir as portas para o varejo até o fim do ano. A taxa de administração é de 4% ao ano.

No ano, até o dia 31 de maio, eles renderam 1,5% e 5,31%, respectivamente, contra uma baixa de 3,8% do Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo).

Segundo Lúcio Graccho, diretor de renda variável do HSBC Brain, os investidores passaram a olhar a área de bancos com mais atenção depois do racionamento de energia.

Isso porque, além da capacidade de adaptação e de serem pouco afetadas pelo racionamento, as instituições financeiras costumam ser boas pagadoras de dividendos. É raro um ano em que os principais bancos não apresentem balanços com lucro.

Segundo o analista Larozi, isso pesa bastante em favor das instituições financeiras. "Apesar de o setor de telecomunicações também não ser tão atingido pelo racionamento, os balanços dessas empresas não é tão positivo porque elas estão em fase de investimentos."

Mas é bom o investidor ir com cuidado. "O melhor dos mundos para os bancos ainda seria uma época de franca expansão da economia, o que não é o caso atual", diz Fabiana Arana, da Schroeder.

 

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