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07/06/2001
-
10h25
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Integrantes do ''ministério do apagão 2'', batizado de CSC (Câmara da Sociedade Civil), se reuniram ontem, pela primeira vez, para definir propostas ao projeto de racionamento do governo. O problema é que já há dúvidas de que a câmara sobreviverá.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse acreditar que a câmara ''não irá a lugar nenhum.'' A Força tem direito a três vagas na CSC. Paulinho se reunirá hoje com os técnicos do governo para tentar uma cadeira na Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, o ''ministério do apagão'' do governo.
''Dificilmente teremos um acordo com as indústrias, pois há muitas divergências entre os integrantes.'' Segundo Paulinho, as empresas não aceitam a redução na jornada de trabalho como forma de economizar energia.
O comércio, com três representantes na câmara, também não estaria aceitando o fechamento das lojas aos domingos.
''Se os sindicatos negociassem separadamente com as empresas, talvez até chegássemos a soluções individuais sobre redução na jornada, por exemplo'', disse.
''Mas com dirigente de indústria não sei se dá. O dirigente não tem coragem de negociar'', disse Paulinho. O dirigente das indústrias em São Paulo é Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp.
A CUT rebateu as afirmações da Força. ''O Paulinho pode sair que as conversas continuam sem ele. Grande parte dos sindicatos ligados ao setor de energia são da CUT'', disse Antonio Carlos Spis, presidente estadual da CUT.
Para a Fiesp, porém, as discussões na câmara têm avançado. ''Se a Força não acredita na câmara, não deveria ter aceitado participar'', afirma Arthur Quaresma, representante da Fiesp na CSC.
Veja especial sobre a Crise Energética
'Ministério do apagão 2' sofre divergências
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da Folha de S.Paulo
Integrantes do ''ministério do apagão 2'', batizado de CSC (Câmara da Sociedade Civil), se reuniram ontem, pela primeira vez, para definir propostas ao projeto de racionamento do governo. O problema é que já há dúvidas de que a câmara sobreviverá.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse acreditar que a câmara ''não irá a lugar nenhum.'' A Força tem direito a três vagas na CSC. Paulinho se reunirá hoje com os técnicos do governo para tentar uma cadeira na Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, o ''ministério do apagão'' do governo.
''Dificilmente teremos um acordo com as indústrias, pois há muitas divergências entre os integrantes.'' Segundo Paulinho, as empresas não aceitam a redução na jornada de trabalho como forma de economizar energia.
O comércio, com três representantes na câmara, também não estaria aceitando o fechamento das lojas aos domingos.
''Se os sindicatos negociassem separadamente com as empresas, talvez até chegássemos a soluções individuais sobre redução na jornada, por exemplo'', disse.
''Mas com dirigente de indústria não sei se dá. O dirigente não tem coragem de negociar'', disse Paulinho. O dirigente das indústrias em São Paulo é Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp.
A CUT rebateu as afirmações da Força. ''O Paulinho pode sair que as conversas continuam sem ele. Grande parte dos sindicatos ligados ao setor de energia são da CUT'', disse Antonio Carlos Spis, presidente estadual da CUT.
Para a Fiesp, porém, as discussões na câmara têm avançado. ''Se a Força não acredita na câmara, não deveria ter aceitado participar'', afirma Arthur Quaresma, representante da Fiesp na CSC.
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