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28/08/2001
-
08h16
MARCIO AITH
da Folha de S.Paulo, em Washington
Membros do gabinete do ex-presidente norte-americano Bill Clinton e representantes de países beneficiados nos últimos quatro anos por grandes pacotes de ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional) estarão presentes, amanhã, num jantar em homenagem ao economista Stanley Fischer, vice-diretor-gerente do Fundo.
Aos 58 anos, Fischer deixa nesta semana o FMI por motivos de ordem pessoal. Ele ocupa o cargo desde 1994. Ele havia sido economista-chefe do Banco Mundial e professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Sua saída do Fundo também estaria associada à vitória dos republicanos nas últimas eleições presidenciais norte-americanas e à adoção da filosofia não-intervencionista do presidente George W. Bush para o FMI.
Nomeado durante a gestão de Clinton, Fischer ocupava um posto técnico tradicionalmente sob controle do governo dos EUA. Ele será substituído pela economista Anne Krueger, da Universidade de Stanford.
Nascido na Zâmbia e naturalizado norte-americano, Fischer defendia no FMI a filosofia intervencionista do ex-secretário do Tesouro de Clinton, Robert Rubin. Ao lado do francês Michel Camdessus -que se retirou do Fundo no ano passado depois de 13 anos na direção-geral da instituição-, Fischer comandou uma das fases mais ativas e controversas da instituição.
Sob sua gestão, o FMI coordenou cerca de US$ 200 bilhões em pacotes para salvar economias em crise. Os maiores pacotes se concentraram nos anos que se seguiram ao colapso asiático de 1997 e tiveram valores que chegaram a US$ 57 bilhões (Coréia do Sul).
Apesar do volume de recursos empregado, o FMI de Fischer falhou, com algumas exceções, em recuperar a confiança dos mercados e foi acusado de financiar a fuga de capitais em vez de auxiliar países a estabilizarem suas economias.
Fischer foi ainda criticado por ter tratado uma nova ''linhagem'' de crise com os mesmos remédios usados nos desajustes de balanços de pagamento da América Latina durante a década de 80.
Além de Rubin e de seu sucessor no Tesouro norte-americano, Lawrence Summers, estarão presentes no jantar a Fischer o ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, e o presidente do BC brasileiro, Armínio Fraga.
Fischer sai e começa era Bush no FMI
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da Folha de S.Paulo, em Washington
Membros do gabinete do ex-presidente norte-americano Bill Clinton e representantes de países beneficiados nos últimos quatro anos por grandes pacotes de ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional) estarão presentes, amanhã, num jantar em homenagem ao economista Stanley Fischer, vice-diretor-gerente do Fundo.
Aos 58 anos, Fischer deixa nesta semana o FMI por motivos de ordem pessoal. Ele ocupa o cargo desde 1994. Ele havia sido economista-chefe do Banco Mundial e professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Sua saída do Fundo também estaria associada à vitória dos republicanos nas últimas eleições presidenciais norte-americanas e à adoção da filosofia não-intervencionista do presidente George W. Bush para o FMI.
Nomeado durante a gestão de Clinton, Fischer ocupava um posto técnico tradicionalmente sob controle do governo dos EUA. Ele será substituído pela economista Anne Krueger, da Universidade de Stanford.
Nascido na Zâmbia e naturalizado norte-americano, Fischer defendia no FMI a filosofia intervencionista do ex-secretário do Tesouro de Clinton, Robert Rubin. Ao lado do francês Michel Camdessus -que se retirou do Fundo no ano passado depois de 13 anos na direção-geral da instituição-, Fischer comandou uma das fases mais ativas e controversas da instituição.
Sob sua gestão, o FMI coordenou cerca de US$ 200 bilhões em pacotes para salvar economias em crise. Os maiores pacotes se concentraram nos anos que se seguiram ao colapso asiático de 1997 e tiveram valores que chegaram a US$ 57 bilhões (Coréia do Sul).
Apesar do volume de recursos empregado, o FMI de Fischer falhou, com algumas exceções, em recuperar a confiança dos mercados e foi acusado de financiar a fuga de capitais em vez de auxiliar países a estabilizarem suas economias.
Fischer foi ainda criticado por ter tratado uma nova ''linhagem'' de crise com os mesmos remédios usados nos desajustes de balanços de pagamento da América Latina durante a década de 80.
Além de Rubin e de seu sucessor no Tesouro norte-americano, Lawrence Summers, estarão presentes no jantar a Fischer o ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, e o presidente do BC brasileiro, Armínio Fraga.
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