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29/08/2001
-
11h22
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Negros e mulheres continuam sendo duramente discriminados pela sociedade. Uma das faces do problema pode ser medida pelo mercado de trabalho, que paga salários menores para esses dois grupos.
Pesquisa divulgada hoje pela Fundação Seade mostra que, na mesma função, homens negros (R$ 639) e mulheres (R$ 652) recebem salários até 47,8% inferiores aos pagos para trabalhadores brancos do sexo masculino (R$ 1.236).
Os indicadores da discriminação de negros e mulheres no mercado de trabalho foram divulgados hoje, dois dias antes do início da 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância, promovida pela ONU, que será realizada em Durban, na África do Sul.
Desemprego
Um dos termômetros da discriminação racial é a taxa de desemprego, que atinge de forma mais intensa a população da raça negra. De acordo com a pesquisa, o desemprego atinge 21,7% dos negros e 15,7% dos não-negros.
A desigualdade é maior ainda quando a pesquisa divide o desemprego por sexo. De acordo com o trabalho, o desemprego atinge 23,9% das mulheres e 18,1% dos homens.
Se a cor da pele for levada em consideração, o desemprego atingirá de forma mais dura ainda as mulheres negras, discriminadas pela raça e sexo. De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego é de 25,1% para as mulheres negras e de 18,9% para as não-negras.
Entre os trabalhadores do sexo masculino, o desemprego atinge 19% dos negros e 13,2% dos não-negros.
Isso significa que a taxa de desemprego entre as mulheres negras, de 25,1%, é 90,15% superior ao índice verificado entre os homens não-negros (13,2%).
Mesmo para a população que está empregada, a discriminação continua a ser um divisor de águas na hora de pagar salários. De acordo com a pesquisa, os rendimentos médio das mulheres (R$ 652) corresponde a 62% da remuneração média dos homens (R$ 1.051).
Para os técnicos da Fundação Seade, essa diferença é o mesmo que dizer que a mulher vale menos do que o homem no mercado de trabalho.
A pesquisa corresponde aos índices de desemprego registrados em 2000, sendo que entre os negros é considerada a população preta e parda e os não negros são compostos pelos brancos e amarelos.
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Negros e mulheres continuam sendo duramente discriminados pela sociedade. Uma das faces do problema pode ser medida pelo mercado de trabalho, que paga salários menores para esses dois grupos.
Pesquisa divulgada hoje pela Fundação Seade mostra que, na mesma função, homens negros (R$ 639) e mulheres (R$ 652) recebem salários até 47,8% inferiores aos pagos para trabalhadores brancos do sexo masculino (R$ 1.236).
Os indicadores da discriminação de negros e mulheres no mercado de trabalho foram divulgados hoje, dois dias antes do início da 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância, promovida pela ONU, que será realizada em Durban, na África do Sul.
Desemprego
Um dos termômetros da discriminação racial é a taxa de desemprego, que atinge de forma mais intensa a população da raça negra. De acordo com a pesquisa, o desemprego atinge 21,7% dos negros e 15,7% dos não-negros.
A desigualdade é maior ainda quando a pesquisa divide o desemprego por sexo. De acordo com o trabalho, o desemprego atinge 23,9% das mulheres e 18,1% dos homens.
Se a cor da pele for levada em consideração, o desemprego atingirá de forma mais dura ainda as mulheres negras, discriminadas pela raça e sexo. De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego é de 25,1% para as mulheres negras e de 18,9% para as não-negras.
Entre os trabalhadores do sexo masculino, o desemprego atinge 19% dos negros e 13,2% dos não-negros.
Isso significa que a taxa de desemprego entre as mulheres negras, de 25,1%, é 90,15% superior ao índice verificado entre os homens não-negros (13,2%).
Mesmo para a população que está empregada, a discriminação continua a ser um divisor de águas na hora de pagar salários. De acordo com a pesquisa, os rendimentos médio das mulheres (R$ 652) corresponde a 62% da remuneração média dos homens (R$ 1.051).
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