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04/06/2007 - 11h55

Álcool se tornará commodity com aumento mundial da produção, diz Alencar

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MÁRCIO RODRIGUES
da Folha Online

O presidente em exercício, José Alencar, afirmou nesta segunda-feira que o álcool se tornará commodity assim que houver um aumento mundial da produção. Alencar participou da abertura do Ethanol Summit 2007 --evento que ocorre em São Paulo para discutir os negócios e o papel do Brasil na área de bioenergia.

'Nós temos um potencial [de produção] no mundo gigantesco. Não só na América do Sul e na América como um todo, mas também na Ásia, na África e no Leste europeu. Tem muita área que pode ser aproveitada para os biocombustíveis', disse.

Para Alencar, isso vai ocorrer em benefício dos países mais pobres. "Na África, por exemplo, existe um potencial enorme de terras, de sol e de água. Com a ajuda das pesquisas brasileiras, esses países têm condições de desenvolver muito a produção. Essa será uma contribuição do Brasil para uma melhor distribuição de renda no mundo inteiro", afirmou.

Questionado sobre os problemas trabalhistas na produção da cana-de-açúcar, considerados uma barreira para o álcool brasileiro chegar a outros países, Alencar afirmou que essas questões "vão sendo corrigidas".

"Não estamos apoiando nada errado. Estamos apoiando produção que respeite o trabalhador. Se houver algum lugar onde haja um desrespeito ao trabalhador, isso tem que ser corrigido", disse.

Alencar afirmou também que a expansão do uso do álcool só vai ocorrer com o fim das barreiras comerciais impostas pelos países ricos. "O biocombustível poderá atender uma demanda mundial pela preservação do meio-ambiente e pelo controle dos preços das fontes de energia. No entanto, isso só vai ocorrer com o fim das barreiras comerciais."

O ex-ministro da Agricultura e coordenador do centro de estudos de agronegócio da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Roberto Rodrigues, defendeu a criação de uma secretaria especial de agroenergia. "O Brasil não pode vender apenas álcool. Temos que vender também a tecnologia de produção", disse.

No entanto, segundo ele, isso demandará organização para uma série de variáveis que seriam coordenadas e resolvidas por essa secretaria. "A secretaria daria a orientação de como proceder para que o mercado se desenvolva", afirmou.

 

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