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13/06/2007 - 09h51

Bancos tentam consenso em tecnologia para disseminar atendimento por celular

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TONI SCIARRETTA
da Folha de S.Paulo

Os bancos pretendem investir pesado nos próximos anos para fazer do celular o veículo de massa para a bancarização no país. Isso porque o número de aparelhos já passa de 100 milhões no Brasil, enquanto os usuários do internet banking se estagnaram na casa de 27,3 milhões, segundo a Febraban.

Visto como a terceira revolução tecnológica no atendimento ao cliente (a primeira aconteceu com os caixas eletrônicos, e a segunda, com a internet), o chamado mobile banking carrega mais de 60 tecnologias. As operadoras de telefonia e os bancos têm interesses divergentes e, muitas vezes, vêem-se como concorrentes.

Para resolver o impasse, a Febraban chamou todos os bancos e as operadoras para discutir a integração de suas plataformas durante o Ciab (congresso de tecnologia bancária), que começa hoje em São Paulo. As estrelas do evento são justamente as empresas de software e de tecnologia móvel, que apresentam seus produtos.

Mesmo entre os países com maior uso de tecnologia, as plataformas não são compatíveis. Nenhuma tecnologia surgiu com capacidade de esmagar as concorrentes e se tornar uma unanimidade. E por banco no celular entenda-se mais do que as simples transações bancárias, mas também uma forma de pagamento com o potencial de diminuir a necessidade de cash das pessoas.

"O mundo inteiro está confuso em relação a isso. O Brasil já utiliza as principais tecnologias disponíveis. A Febraban pensa agora em como encaminhar os próximos passos para chegar a um consenso", disse Maurício Ghetler, consultor que presta serviço para a Febraban.

Para Ghetler, o primeiro desafio para chegar a um consenso é escolher uma plataforma única, que permita cobrança e pagamento, além de uma padronização na troca de dados entre bancos e operadoras.

Outro ponto diz respeito à privacidade e à segurança do usuário. Provedores de internet, por exemplo, não ficam com cópia dos acessos dos internautas, mas os dados trocados pelos celulares ficam armazenados nas operadoras.

Finalmente, os bancos também não sabem como cobrar por serviços via celular e como remunerar as operadoras, que, aparentemente, não vão se contentar com tarifas simples pelo tráfego de dados. Outro desafio é fazer a maioria dos serviços funcionarem nos aparelhos hoje no mercado.

Utilizado como cartão de débito ou crédito, o celular é visto como o melhor equipamento para os chamados "micropagamentos", como táxis, metrô, lanchonetes e deliveries.

Além de estar no bolso do usuário, o celular permite a compra à distância --alguém pode buscar um café ou abastecer o carro do cliente sem que ele tenha de se deslocar até o local. Pelo número do celular, o lojista localiza remotamente o usuário, que aprova ou não a transação.

Segundo Ghetler, o mobile banking vai responder por 10% das transações bancárias até 2010 no país.
No ano passado, transações por mobile banking alcançaram 25 milhões de operações. Todo o mercado bancário deverá registrar perto de 100 milhões de transações pelo celular neste ano.

 

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