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Dólar baixo é antídoto contra inflação, diz Mantega
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A baixa cotação do dólar tem sido fundamental para o controle de preços no país e tem servido de "antídoto" contra a inflação. A avaliação é do ministro Guido Mantega (Fazenda), que defendeu ainda a manutenção da meta de inflação em 4,5%, mas lembrou que a decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A inflação está em queda por fatores alheios à taxa de juros. Hoje nós temos um antídoto contra a inflação muito poderoso, que é o câmbio e a abertura da economia. É a capacidade ampla de importação que o país tem hoje. Se há uma tranqüilidade hoje, é em relação à inflação", afirmou.
Na semana passada, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central afirmou que a baixa cotação do dólar e o aumento da oferta de produtos importados permitiram o corte maior na taxa de juros, de meio ponto percentual para 12% ao ano.
Na próxima semana, o CMN (Conselho Monetário Nacional) irá confirmar a meta de inflação para o ano que vem e determinar a de 2009. O presidente Lula defende a manutenção em 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), assim como o ministro Mantega.
"As questões cruciais da República são sempre definidas pelo presidente, mas coincidentemente nós temos uma opinião muito parecida e convergente nesse assunto."
Para ele, essa meta permite que o país cresça sem exigir do Banco Central uma política monetária muito rigorosa, com a elevação da taxa de juros para coibir o aumento de preços. O ministro teme que uma elevação nos juros atrapalhe o crescimento da economia.
Mantega negou que a fixação de uma meta em um patamar acima da previsão dos analistas para a inflação do próximo ano, que é de 4%, possa ser interpretada de forma negativa pelo mercado.
Ele lembrou que o regime de metas de inflação já trabalha com uma margem, hoje de dois pontos percentuais, e que por isso há a possibilidade da inflação ficar abaixo do centro da meta. "A inflação é baixa e vai continuar baixa."
Para ele, a manutenção da meta em 4,5% será importante porque, em caso de turbulências na economia, o BC não terá que elevar os juros. Mantega ressaltou que não quer deixar a autoridade monetária "nervosa".
"Em caso de oscilação e se você tiver uma meta mais apertada, o BC é obrigado a agir e subir a taxa mesmo que não haja nenhum risco maior. (...) Não queremos criar riscos para que esse crescimento seja interrompido. A melhor forma é combinar as duas coisas. Inflação baixa e crescimento maior."
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