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Bolívia duplicará exportação de gás para Cuiabá a partir de 2010
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da France Presse, em La Paz
com Folha Online
Depois de fechar um acordo com a Termelétrica Mário Covas, de Cuiabá (MT), para manter a exportação de gás em 1,1 milhão de metros cúbicos por dia, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, informou nesta sexta-feira que a partir de 2010 o volume será duplicado.
Villegas ressaltou que nesta sexta-feira o governo boliviano e o ministros brasileiro, Nelson Hubner (Minas e Energia), assinaram em La Paz um "contrato provisório" para as exportações de gás natural para a termoelétrica de Cuiabá (Mato Grosso) que na semana passada foi obrigada a suspender suas atividades diante da redução do fornecimento de gás para 600 mil de metros cúbicos diários.
A Bolívia informou que a diminuição no fornecimento teve origem no aumento da demanda interna boliviana para o inverno de 4,9 para 6 milhões de metros cúbicos por dia.
O ministro dos Hidrocarbonetos negociou o acordo com Hubner, que chegou à cidade boliviana com a equipe técnica de seu gabinete e da empresa Transborder Gas Service (TBS), encarregada do transporte de gás da fronteira para esta usina.
"Nos anos 2007, 2008 e 2009 o compromisso do governo boliviano e da empresa [estatal petroleira] YPFB é o de enviar 1,1 milhão de metros cúbicos por dia e a partir de 1º de janeiro de 2010 vamos enviar 2,2 milhões de metros cúbicos por dia a Cuiabá", ressaltou.
O acordo bilateral surge, apesar do pedido brasileiro pela duplicação a partir de agora de suas compras de gás natural de 1,1 para 2,2 milhões de metros cúbicos diários, com o argumento de que desde 15 de maio vigora o novo preço do gás de US$ 4,2 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica).
Os novos preços e volumes do gás natural para Cuiabá e para todo o mercado do sul do Brasil, assim como para o Estado de São Paulo, foram o resultado de um primeiro acordo estabelecido em fevereiro passado entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Evo Morales (Bolívia).
Atualmente, a Bolívia exporta um total de 27,2 milhões de metros cúbicos por dia para o Brasil, sendo que 1,1 milhão para Cuiabá. Outros 4,6 milhões são exportados para a Argentina.
Após a conclusão do acordo em La Paz, o secretário brasileiro de Energia Elétrica, Rolando Shuck, expressou a satisfação do governo brasileiro pelo acordo alcançado porque, em sua opinião, era importante dar o passo da adequação dos contratos entre os dois países.
"As duas partes avançaram para um acordo provisório que deverá chegar a um acordo final nos próximos meses", disse.
De acordo com a explicação de funcionários bolivianos, ligados ao setor energético, o acordo provisório deverá desembocar em outro final "nos próximos meses", tempo para que a produtora de gás Andina (gerenciada pela espanhola Repsol) negocie com a transportadora brasileira TBS preços e volumes até 2019.
Após a conclusão do processo de negociação entre as empresas, o governo boliviano voltará a assinar os acordos bilaterais com o brasileiro.
Termelétrica
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a quantidade (1,1 milhão de metros cúbicos por dia) é suficiente para que a térmica de Cuiabá (MT) gere energia, quando acionada. A unidade tem potência de 480 megawatts.
Desde a sexta-feira da semana passada, a Bolívia estava fornecendo apenas 600 mil metros cúbicos de gás, enquanto o contrato previa o fornecimento de 2,2 milhões de metros cúbicos. O governo boliviano alegava problemas com o gasoduto. Segundo o governo brasileiro, apesar de a termelétrica ter parado a produção, não houve falta de energia no Estado.
A térmica concordou em pagar os US$ 4,20 por milhão de BTU acordado durante visita do presidente boliviano Evo Morales, em fevereiro. Até agora, a usina pagava US$ 1,19 por milhão de BTU. O reajuste será retroativo a 15 de maio, data prevista no acordo de fevereiro.
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