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14/09/2001
-
04h44
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
As empresas aéreas do mundo sofrerão um rombo em suas contas de cerca de US$ 10 bilhões apenas nesta semana, após os ataques terroristas nos Estados Unidos, ocorridos na última terça-feira, e que envolveram quatro aviões.
Esse montante corresponde a uma perda recorde no setor e é calculado com base nos prejuízos e custos adicionais causados devido a viagens canceladas ou adiadas. O valor foi informado ontem pela Iata (Associação de Transporte Aéreo Internacional).
Ontem, a agência internacional de classificação Standard & Poor's (S&P) colocou em observação os créditos corporativos de longo prazo de todas as empresas aéreas dos EUA.
A British Airways e a Air Canada também estão em observação. Para adotar essa medida a agência se baseia nas repercussões negativas em torno do atentado nos EUA, que gerou o cancelamento de vôos e ainda deverá criar um futuro clima de instabilidade.
Além das alterações na classificação, as empresas precisarão contabilizar baques financeiros em suas contas. Pelos cálculos da Iata, cerca de 4.000 das 12 mil companhias aéreas comerciais no mundo não liberaram nenhum vôo desde terça-feira, seja chegando ou partindo dos EUA.
E ainda há dúvidas de quando a situação se normalizará. Ontem, o governo americano informou que a liberação ao tráfego comercial ocorrerá "caso a caso".
Em reunião realizada pela Iata, ontem, em Genebra, onde foram discutidos novos esquemas de segurança em aeroportos, diretores da entidade informaram que a arrecadação das companhias, apenas com vôos nos EUA, chega a US$ 1 bilhão por dia.
Se incluir nesse montante as perdas com a redução de vôos também nos mercados canadense e mexicano, a conta se aproxima de US$ 10 bilhões em sete dias.
O sinal vermelho já foi acionado nas sedes de algumas empresas. A Midway Airlines, companhia sediada na Carolina do Norte, demitiu na quarta-feira 1.700 funcionários e suspendeu vôos futuros. O grupo estava em processo de falência e informou que não teria condições de se reorganizar neste momento.
Outra empresa, a Ansett Airways, busca agora um comprador ou novos financiamentos para manter suas operações. A empresa é uma das maiores do setor aéreo na Austrália e confirmou ontem que está com sérios problemas de caixa.
Grupos aéreos de todo o mundo sofreram prejuízos nos últimos dez anos. Um dos últimos recordes em saldos negativos foi contabilizado em 92, quando as perdas de todas as empresas somaram US$ 7,5 bilhões, segundo a Iata.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Empresas aéreas poderão perder US$ 10 bi em apenas uma semana
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da Folha de S.Paulo
As empresas aéreas do mundo sofrerão um rombo em suas contas de cerca de US$ 10 bilhões apenas nesta semana, após os ataques terroristas nos Estados Unidos, ocorridos na última terça-feira, e que envolveram quatro aviões.
Esse montante corresponde a uma perda recorde no setor e é calculado com base nos prejuízos e custos adicionais causados devido a viagens canceladas ou adiadas. O valor foi informado ontem pela Iata (Associação de Transporte Aéreo Internacional).
Ontem, a agência internacional de classificação Standard & Poor's (S&P) colocou em observação os créditos corporativos de longo prazo de todas as empresas aéreas dos EUA.
A British Airways e a Air Canada também estão em observação. Para adotar essa medida a agência se baseia nas repercussões negativas em torno do atentado nos EUA, que gerou o cancelamento de vôos e ainda deverá criar um futuro clima de instabilidade.
Além das alterações na classificação, as empresas precisarão contabilizar baques financeiros em suas contas. Pelos cálculos da Iata, cerca de 4.000 das 12 mil companhias aéreas comerciais no mundo não liberaram nenhum vôo desde terça-feira, seja chegando ou partindo dos EUA.
E ainda há dúvidas de quando a situação se normalizará. Ontem, o governo americano informou que a liberação ao tráfego comercial ocorrerá "caso a caso".
Em reunião realizada pela Iata, ontem, em Genebra, onde foram discutidos novos esquemas de segurança em aeroportos, diretores da entidade informaram que a arrecadação das companhias, apenas com vôos nos EUA, chega a US$ 1 bilhão por dia.
Se incluir nesse montante as perdas com a redução de vôos também nos mercados canadense e mexicano, a conta se aproxima de US$ 10 bilhões em sete dias.
O sinal vermelho já foi acionado nas sedes de algumas empresas. A Midway Airlines, companhia sediada na Carolina do Norte, demitiu na quarta-feira 1.700 funcionários e suspendeu vôos futuros. O grupo estava em processo de falência e informou que não teria condições de se reorganizar neste momento.
Outra empresa, a Ansett Airways, busca agora um comprador ou novos financiamentos para manter suas operações. A empresa é uma das maiores do setor aéreo na Austrália e confirmou ontem que está com sérios problemas de caixa.
Grupos aéreos de todo o mundo sofreram prejuízos nos últimos dez anos. Um dos últimos recordes em saldos negativos foi contabilizado em 92, quando as perdas de todas as empresas somaram US$ 7,5 bilhões, segundo a Iata.
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