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14/09/2001
-
04h47
ESTELA CAPARELLI
da Folha de S.Paulo
Uma parte do centro financeiro de Nova York está de mudança. O atentado ao World Trade Center obrigou bancos, corretoras e até o Federal Reserve de Nova York (Fed, banco central americano) a transferir provisoriamente suas operações para outros locais nos Estados Unidos e na Europa.
A mudança foi motivada por diferentes razões. Algumas instituições tinham escritórios no WTC. É o caso dos bancos Morgan Stanley e Deutsche Bank, da empresa de serviços financeiros Standard Chartered e da resseguradora francesa Scor.
Outras estavam instaladas nas proximidades do complexo e, por isso, os estragos causados pelo atentado prejudicaram seus negócios. Na chamada baixa Manhattan, a eletricidade e as linhas telefônicas foram cortadas. Além disso, os escombros e a poeira prejudicaram o acesso ao local.
Um exemplo é o Federal Reserve de Nova York, a divisão mais importante do banco central norte-americano. Ontem, o banco anunciou a transferência de suas operações, que ficam a dois quarteirões do WTC, para o Estado vizinho de Nova Jersey. A divisão em Nova Jersey era responsável pela impressão e distribuição da moeda americana. A partir de ontem, também abrigará as operações financeiras realizadas pelo banco central norte-americano e as instituições privadas.
"Depois do atentado, muitas instituições tiveram que mudar rapidamente para outros locais e estão funcionando em regime de contingência. O clima ainda é muito tenso por aqui", diz Rubens Amaral, responsável em Nova York pelas operações do Banco do Brasil na América do Norte.
Amaral diz que muitos bancos deslocaram os funcionários para locais preparados para situações de emergência. Pela proximidade e pela infra-estrutura, Nova Jersey concentra um grande número desses escritórios provisórios.
Além do Federal Reserve, o Estado passou a abrigar nos últimos dias parte das operações do banco Barclays, da empresa de serviços financeiros Standard Chartered e da American Express. Também transferiram parte dos negócios para o local os bancos Credit Suisse First Boston, Lehman Brothers e Merrill Lynch.
O Morgan Stanley, o maior ocupante do WTC, transferiu suas operações para três diferentes lugares: Jersey, Brooklyn e Manhattan. Outro grande prejudicado pela tragédia, a corretora Cantor Fitzgerald, mudou para Connecticut, segundo uma fonte informou à agência Reuters.
Volta às origens
Algumas instituições européias decidiram transferir parte das suas operações para os países de origem. O Commerzbank, o quarto maior banco alemão, deslocou de Nova York para Frankfurt as transações com moeda estrangeira. O banco operava com 200 funcionários no World Financial Center, que fica ao lado do WTC. O Deutsche Bank e o BNP Paribas colocaram os funcionários da Europa para fazer as operações de câmbio que, até o momento do atentado, eram feitos por funcionários em Nova York.
Com agências internacionais
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Fed, bancos e corretoras saem de NY para Nova Jersey
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da Folha de S.Paulo
Uma parte do centro financeiro de Nova York está de mudança. O atentado ao World Trade Center obrigou bancos, corretoras e até o Federal Reserve de Nova York (Fed, banco central americano) a transferir provisoriamente suas operações para outros locais nos Estados Unidos e na Europa.
A mudança foi motivada por diferentes razões. Algumas instituições tinham escritórios no WTC. É o caso dos bancos Morgan Stanley e Deutsche Bank, da empresa de serviços financeiros Standard Chartered e da resseguradora francesa Scor.
Outras estavam instaladas nas proximidades do complexo e, por isso, os estragos causados pelo atentado prejudicaram seus negócios. Na chamada baixa Manhattan, a eletricidade e as linhas telefônicas foram cortadas. Além disso, os escombros e a poeira prejudicaram o acesso ao local.
Um exemplo é o Federal Reserve de Nova York, a divisão mais importante do banco central norte-americano. Ontem, o banco anunciou a transferência de suas operações, que ficam a dois quarteirões do WTC, para o Estado vizinho de Nova Jersey. A divisão em Nova Jersey era responsável pela impressão e distribuição da moeda americana. A partir de ontem, também abrigará as operações financeiras realizadas pelo banco central norte-americano e as instituições privadas.
"Depois do atentado, muitas instituições tiveram que mudar rapidamente para outros locais e estão funcionando em regime de contingência. O clima ainda é muito tenso por aqui", diz Rubens Amaral, responsável em Nova York pelas operações do Banco do Brasil na América do Norte.
Amaral diz que muitos bancos deslocaram os funcionários para locais preparados para situações de emergência. Pela proximidade e pela infra-estrutura, Nova Jersey concentra um grande número desses escritórios provisórios.
Além do Federal Reserve, o Estado passou a abrigar nos últimos dias parte das operações do banco Barclays, da empresa de serviços financeiros Standard Chartered e da American Express. Também transferiram parte dos negócios para o local os bancos Credit Suisse First Boston, Lehman Brothers e Merrill Lynch.
O Morgan Stanley, o maior ocupante do WTC, transferiu suas operações para três diferentes lugares: Jersey, Brooklyn e Manhattan. Outro grande prejudicado pela tragédia, a corretora Cantor Fitzgerald, mudou para Connecticut, segundo uma fonte informou à agência Reuters.
Volta às origens
Algumas instituições européias decidiram transferir parte das suas operações para os países de origem. O Commerzbank, o quarto maior banco alemão, deslocou de Nova York para Frankfurt as transações com moeda estrangeira. O banco operava com 200 funcionários no World Financial Center, que fica ao lado do WTC. O Deutsche Bank e o BNP Paribas colocaram os funcionários da Europa para fazer as operações de câmbio que, até o momento do atentado, eram feitos por funcionários em Nova York.
Com agências internacionais
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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