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14/09/2001
-
08h17
da Folha de S.Paulo
Wall Street permaneceu fechada para os negócios, mas ontem os títulos do governo norte-americano voltaram a ser negociados. Considerados investimentos seguros em tempos dominados pela incerteza, os papéis foram bastante procurados, ainda que os rendimentos futuros fossem os menores em mais de 50 anos.
Quando os bancos compram esses títulos, eles emprestam dinheiro para o governo. Os rendimentos, que variam de acordo com o vencimento, são determinados pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) de comum acordo com alguns bancos de investimento.
É tido como certo pelo mercado financeiro que o Fed irá cortar ainda mais seus juros. Isso fez com que os rendimentos dos títulos atingissem recordes históricos de baixa. Os papéis de curto prazo, por exemplo, chegaram a ser negociados oferecendo rendimento de 2,95% ao ano (inferior aos juros de curto prazo do Fed, que estão a 3,5%).
Isso indica que os investidores esperam um corte de 0,75 ponto percentual nos juros até o final do ano (o que levaria a taxa a 2,75% ao ano). Mesmo sem o ataque terrorista da terça-feira, que inevitavelmente abalará a economia, já se esperava que o BC americano cortasse a taxa em 0,25 ponto na próxima reunião de seu comitê, em 2 de outubro.
Ontem, cresceu entre os investidores a convicção de que se fará um corte antes mesmo da reunião. O objetivo seria dar um alento de emergência à economia do país.
O rendimento dos títulos com prazo de vencimento de dez anos também atingiu um índice histórico de 4,6%. Já os títulos de 30 anos foram vendidos oferecendo rendimentos de 5,4% ao ano.
A maior parte dos negócios foi feita em Chicago (segunda cidade mais importante do país do ponto de vista financeiro). Mas o movimento esteve longe de estar ao nível de um dia normal.
Muitas das principais corretoras funcionavam no World Trade Center. Algumas funcionaram em instalações improvisadas, mas de maneira limitada. Outras empresas de corretagem continuam fora do mercado por tempo indeterminado.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Mercado de títulos dos EUA reabriu ontem em alta
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Wall Street permaneceu fechada para os negócios, mas ontem os títulos do governo norte-americano voltaram a ser negociados. Considerados investimentos seguros em tempos dominados pela incerteza, os papéis foram bastante procurados, ainda que os rendimentos futuros fossem os menores em mais de 50 anos.
Quando os bancos compram esses títulos, eles emprestam dinheiro para o governo. Os rendimentos, que variam de acordo com o vencimento, são determinados pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) de comum acordo com alguns bancos de investimento.
É tido como certo pelo mercado financeiro que o Fed irá cortar ainda mais seus juros. Isso fez com que os rendimentos dos títulos atingissem recordes históricos de baixa. Os papéis de curto prazo, por exemplo, chegaram a ser negociados oferecendo rendimento de 2,95% ao ano (inferior aos juros de curto prazo do Fed, que estão a 3,5%).
Isso indica que os investidores esperam um corte de 0,75 ponto percentual nos juros até o final do ano (o que levaria a taxa a 2,75% ao ano). Mesmo sem o ataque terrorista da terça-feira, que inevitavelmente abalará a economia, já se esperava que o BC americano cortasse a taxa em 0,25 ponto na próxima reunião de seu comitê, em 2 de outubro.
Ontem, cresceu entre os investidores a convicção de que se fará um corte antes mesmo da reunião. O objetivo seria dar um alento de emergência à economia do país.
O rendimento dos títulos com prazo de vencimento de dez anos também atingiu um índice histórico de 4,6%. Já os títulos de 30 anos foram vendidos oferecendo rendimentos de 5,4% ao ano.
A maior parte dos negócios foi feita em Chicago (segunda cidade mais importante do país do ponto de vista financeiro). Mas o movimento esteve longe de estar ao nível de um dia normal.
Muitas das principais corretoras funcionavam no World Trade Center. Algumas funcionaram em instalações improvisadas, mas de maneira limitada. Outras empresas de corretagem continuam fora do mercado por tempo indeterminado.
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