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14/09/2001 - 08h55

O poder do Estado volta ao centro das atenções

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GUSTAVO PATÚ
da Folha de S.Paulo, em Berlim


Com as torres do World Trade Center, caiu também a ilusão de que o mundo havia iniciado uma era em que boas políticas econômicas, progresso tecnológico e instituições estáveis bastariam para garantir prosperidade e bem-estar.

Em análises que começam a aparecer na imprensa européia, os atentados contra os EUA colocaram de novo no centro das atenções os Estados nacionais, suas políticas e poderios militares.

"Quem mais poderá proteger nosso mundo senão o Estado, a comunidade de Estados, as forças policiais, os serviços de inteligência e os militares, por mais caro e tedioso que isso seja?", pergunta o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine".

Em outras palavras, ficou mais claro que os sofisticados mercados globais não precisam se preocupar só com as flutuações das moedas, o pagamento das dívidas e o cumprimento dos contratos.

Ganham força na agenda questões geopolíticas, conflitos de civilizações e disputas ideológicas, coisas que alguns dias atrás pareciam restritas a regiões exóticas do planeta.

No jornal especializado em negócios "Financial Times", por exemplo, considera-se que, para uma análise consistente das consequências futuras dos atentados nos mercados, é fundamental saber se será determinada a autoria dos ataques e quem sofrerá a represália americana.

É, sem duvida, um cenário bem diferente daquele descrito pelo norte-americano Francis Fukuyama, que ganhou notoriedade ao proclamar o "Fim da História" num mundo em que liberalismo econômico e democracia seriam valores consensuais.

"Os ataques puseram em xeque a idéia de que os países, em especial os europeus, poderiam ter valores e níveis de conforto similares aos dos norte-americanos, mas evitando se envolver nos confrontos dos EUA contra o terrorismo", escreve o jornal "International Herald Tribune".

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA

Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia

 

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