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14/09/2001
-
13h09
da Reuters, em Londres
Os formuladores internacionais de políticas reconheceram nesta sexta-feira que os ataques nos Estados Unidos podem oferecer um forte golpe à economia global, mas autoridades ainda estão procurando por uma resposta para restaurar a confiança.
Assim como os mercados financeiros estão lutando para compreender a dimensão do evento, os bancos centrais estão incertos sobre como responder sem que uma crise financeira se some às preocupações mundiais.
Os ministros das Finanças do G7 (grupo dos sete países mais industrializados) consideram mudar o local de sua próxima reunião no final deste mês de Washington para a Itália.
"Os bancos centrais estão monitorando a situação de perto, e estão prontos para tomar as medidas necessárias para assegurar que a liquidez estará disponível, e que os sistemas de pagamentos e compensações continuam a funcionar tão calmamente quanto o possível'' disse à Reuters Andrew Crockett, gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
Impactos sobre crescimento
As perspectivas de longo prazo para o crescimento global devem depender da resposta do governo dos Estados Unidos e dos consumidores aos ataques da última terça-feira.
Autoridades e economistas já estão reconhecendo que os ataques atingirão a economia global, que mesmo anteriormente se aproximava da recessão.
"Os eventos nos Estados Unidos atingiram a economia mundial no pior momento'', disse a economista-chefe do Banco da Áustria, Marianne Kager.
Falando em Budapeste, o comissário para Assuntos Monetários da União Européia, Pedro Solbes, disse que os ataques reduziram as chances de uma recuperação econômica norte-americana no terceiro trimestre, e se mostrou mais pessimista sobre o crescimento europeu.
"A possibilidade de recuperação no terceiro trimestre nos Estados Unidos será mais reduzida'', disse Solbes.
Desaceleração
O fechamento do espaço aéreo norte-americano afetou muitas empresas aéreas e empresas manufatureiras dos Estados Unidos, à medida que a paralisação das exportações atingiu indústrias.
A Honda Motor Co Ltd, terceira maior fabricante de veículos do Japão, suspendou sua produção no Canadá na quinta-feira, devido a problemas na obtenção de peças dos Estados Unidos.
As vendas globais de bens de luxo também devem cair, se a confiança do consumidor diminuir.
Muitos economistas estão comparando os ataques de terça-feira a um desastre natural, como um terremoto, que tipicamente leva a uma queda de curto prazo no crescimento.
Uma pesquisa da Reuters divulgada nesta sexta-feira mostrou que 12 de 22 economistas revisaram para baixo suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2001. Nove desses 12 citaram os ataques como razão do rebaixamento.
A agência de classificação Standard and Poor's prevê que a economia dos Estados Unidos vai enfrentar apenas uma curta e moderada recessão.
"Por mais severos e devastadores que tenham sido os ataques terroristas... eles não irão parar a economia norte-americana ou quebrar os mercados financeiros do país'', disse a S&P.
Os bancos centrais do mundo reagiram espontaneamente às turbulências nos mercados financeiros, injetando dinheiro no sistema bancário.
A última coisa que o mundo necessita agora é de uma crise financeira, e espera-se que os bancos centrais reduzam as taxas de juros para recuperar a confiança do consumidor.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Estrategistas mundiais ponderam ações pós-ataques
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Os formuladores internacionais de políticas reconheceram nesta sexta-feira que os ataques nos Estados Unidos podem oferecer um forte golpe à economia global, mas autoridades ainda estão procurando por uma resposta para restaurar a confiança.
Assim como os mercados financeiros estão lutando para compreender a dimensão do evento, os bancos centrais estão incertos sobre como responder sem que uma crise financeira se some às preocupações mundiais.
Os ministros das Finanças do G7 (grupo dos sete países mais industrializados) consideram mudar o local de sua próxima reunião no final deste mês de Washington para a Itália.
"Os bancos centrais estão monitorando a situação de perto, e estão prontos para tomar as medidas necessárias para assegurar que a liquidez estará disponível, e que os sistemas de pagamentos e compensações continuam a funcionar tão calmamente quanto o possível'' disse à Reuters Andrew Crockett, gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
Impactos sobre crescimento
As perspectivas de longo prazo para o crescimento global devem depender da resposta do governo dos Estados Unidos e dos consumidores aos ataques da última terça-feira.
Autoridades e economistas já estão reconhecendo que os ataques atingirão a economia global, que mesmo anteriormente se aproximava da recessão.
"Os eventos nos Estados Unidos atingiram a economia mundial no pior momento'', disse a economista-chefe do Banco da Áustria, Marianne Kager.
Falando em Budapeste, o comissário para Assuntos Monetários da União Européia, Pedro Solbes, disse que os ataques reduziram as chances de uma recuperação econômica norte-americana no terceiro trimestre, e se mostrou mais pessimista sobre o crescimento europeu.
"A possibilidade de recuperação no terceiro trimestre nos Estados Unidos será mais reduzida'', disse Solbes.
Desaceleração
O fechamento do espaço aéreo norte-americano afetou muitas empresas aéreas e empresas manufatureiras dos Estados Unidos, à medida que a paralisação das exportações atingiu indústrias.
A Honda Motor Co Ltd, terceira maior fabricante de veículos do Japão, suspendou sua produção no Canadá na quinta-feira, devido a problemas na obtenção de peças dos Estados Unidos.
As vendas globais de bens de luxo também devem cair, se a confiança do consumidor diminuir.
Muitos economistas estão comparando os ataques de terça-feira a um desastre natural, como um terremoto, que tipicamente leva a uma queda de curto prazo no crescimento.
Uma pesquisa da Reuters divulgada nesta sexta-feira mostrou que 12 de 22 economistas revisaram para baixo suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2001. Nove desses 12 citaram os ataques como razão do rebaixamento.
A agência de classificação Standard and Poor's prevê que a economia dos Estados Unidos vai enfrentar apenas uma curta e moderada recessão.
"Por mais severos e devastadores que tenham sido os ataques terroristas... eles não irão parar a economia norte-americana ou quebrar os mercados financeiros do país'', disse a S&P.
Os bancos centrais do mundo reagiram espontaneamente às turbulências nos mercados financeiros, injetando dinheiro no sistema bancário.
A última coisa que o mundo necessita agora é de uma crise financeira, e espera-se que os bancos centrais reduzam as taxas de juros para recuperar a confiança do consumidor.
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