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14/09/2001
-
16h32
da Reuters
Os ataques aéreos nos Estados Unidos impulsionaram uma resposta global dos bancos centrais a fim de estabilizar os mercados financeiros nesta semana, porém o risco de recessão os mantêm sob pressão para que cortem suas taxas de juros.
Espera-se que o Federal Reserve (banco central norte-americano) aja rapidamente para restaurar a confiança do consumidor; o Banco do Japão disse que levará os ataques em consideração; o Banco da Inglaterra afirmou que responderá a qualquer forte queda na confiança do consumidor; e o Banco Nacional Suíço deve reduzir suas taxas.
Embora o BCE (Banco Central Europeu) tenha mantido inalterada sua taxa de juros em 4,25% esta semana, a instituição afirmou estar pronta para agir em conjunto com outros bancos centrais para acalmar os impactos econômicos resultantes dos ataques nos Estados Unidos.
Com a retomada das negociações em Wall Street na segunda-feira, analistas tentam avaliar o risco de uma nova turbulência, e a rápida ação do banco central do país, como um corte nos juros.
Governos e seus bancos centrais agiram conjuntamente desde terça-feira para assegurar ofertas ordenadas de dinheiro, e empréstimos de bancos e empresários.
Esses movimentos parecem ter funcionado relativamente bem, disseram economistas, mas a questão agora é se eles efetivamente podem avaliar e responder ao que acontecer na segunda-feira nos mercados acionários, bem como aos riscos de longo prazo gerados por uma nova estagnação.
''Estamos em contato permanente e trabalhando em cooperação reforçada'', disse Christian Noyer, vice-presidente do BCE, na noite de ontem.
Analistas disseram que ainda é impossível prever neste momento qual direção tomarão as ações quando forem retomadas as negociações em Wall Street na segunda-feira.
O Banco do Japão reúne-se na terça e quarta-feira, e seu presidente, Masaru Hayami, disse hoje que os ataques com certeza serão um dos fatores de maior influência nas deliberações, ''já que tiveram um grande impacto''.
Embora o BCE tenha mantido as taxas inalteradas na quinta-feira, espera-se que ele se movimente em breve. Sua próxima reunião ocorre em 27 de setembro.
Muitos economistas acreditam que o Fed poderá cortar sua taxa antes da reunião prevista para 2 de outubro.
As opiniões, no entanto, estão divididas sobre se os bancos centrais do mundo fugirão de decisões precipitadas sobre as taxas -o que poderia ser interpretado como um sinal de medo.
O presidente do Banco da Inglaterra, Edward George, disse esta semana que uma redução coordenada de taxas é ''extremamente pouco provável''
Sushil Wadhwani, do Conselho de Política Monetária do banco, disse que a política britânica deve responder a uma possível queda forte na confiança do consumidor.
''Os trágicos eventos dessa semana claramente aumentam os riscos sobre a economia global. Se esses eventos liderarem uma deterioração significativa da confiança do consumidor, pode-se esperar que a política monetária responda.''
''Isso pode se espalhar pelo restante do mundo, e as estimativas de crescimento global serão cortadas. Os bancos centrais deverão responder, liderados pelo Fed'', disse o Deutsche Bank em comunicado.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Risco de recessão global põe bancos centrais à prova
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Os ataques aéreos nos Estados Unidos impulsionaram uma resposta global dos bancos centrais a fim de estabilizar os mercados financeiros nesta semana, porém o risco de recessão os mantêm sob pressão para que cortem suas taxas de juros.
Espera-se que o Federal Reserve (banco central norte-americano) aja rapidamente para restaurar a confiança do consumidor; o Banco do Japão disse que levará os ataques em consideração; o Banco da Inglaterra afirmou que responderá a qualquer forte queda na confiança do consumidor; e o Banco Nacional Suíço deve reduzir suas taxas.
Embora o BCE (Banco Central Europeu) tenha mantido inalterada sua taxa de juros em 4,25% esta semana, a instituição afirmou estar pronta para agir em conjunto com outros bancos centrais para acalmar os impactos econômicos resultantes dos ataques nos Estados Unidos.
Com a retomada das negociações em Wall Street na segunda-feira, analistas tentam avaliar o risco de uma nova turbulência, e a rápida ação do banco central do país, como um corte nos juros.
Governos e seus bancos centrais agiram conjuntamente desde terça-feira para assegurar ofertas ordenadas de dinheiro, e empréstimos de bancos e empresários.
Esses movimentos parecem ter funcionado relativamente bem, disseram economistas, mas a questão agora é se eles efetivamente podem avaliar e responder ao que acontecer na segunda-feira nos mercados acionários, bem como aos riscos de longo prazo gerados por uma nova estagnação.
''Estamos em contato permanente e trabalhando em cooperação reforçada'', disse Christian Noyer, vice-presidente do BCE, na noite de ontem.
Analistas disseram que ainda é impossível prever neste momento qual direção tomarão as ações quando forem retomadas as negociações em Wall Street na segunda-feira.
O Banco do Japão reúne-se na terça e quarta-feira, e seu presidente, Masaru Hayami, disse hoje que os ataques com certeza serão um dos fatores de maior influência nas deliberações, ''já que tiveram um grande impacto''.
Embora o BCE tenha mantido as taxas inalteradas na quinta-feira, espera-se que ele se movimente em breve. Sua próxima reunião ocorre em 27 de setembro.
Muitos economistas acreditam que o Fed poderá cortar sua taxa antes da reunião prevista para 2 de outubro.
As opiniões, no entanto, estão divididas sobre se os bancos centrais do mundo fugirão de decisões precipitadas sobre as taxas -o que poderia ser interpretado como um sinal de medo.
O presidente do Banco da Inglaterra, Edward George, disse esta semana que uma redução coordenada de taxas é ''extremamente pouco provável''
Sushil Wadhwani, do Conselho de Política Monetária do banco, disse que a política britânica deve responder a uma possível queda forte na confiança do consumidor.
''Os trágicos eventos dessa semana claramente aumentam os riscos sobre a economia global. Se esses eventos liderarem uma deterioração significativa da confiança do consumidor, pode-se esperar que a política monetária responda.''
''Isso pode se espalhar pelo restante do mundo, e as estimativas de crescimento global serão cortadas. Os bancos centrais deverão responder, liderados pelo Fed'', disse o Deutsche Bank em comunicado.
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