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17/09/2001 - 14h12

Companhias aéreas pedem ajuda para a Casa Branca

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da Folha Online

Os presidentes das grandes companhias aéreas dos Estados Unidos irão se reunir amanhã na Casa Branca com representantes do presidente George W. Bush para discutir as dificuldades financeiras do setor.

"O encontro tem como objetivo discutir as opções para enfrentar as dificuldades financeiras das diferentes empresas e a forma de trabalhar com o Congresso para analisar o que deve ser feito", disse Chet Lunner, porta-voz do departamento de Transporte (Veja especial sobre a reação dos mercados).


A Continental Airlines, por exemplo, anunciou ontem que está perdendo US$ 30 milhões por dia e deverá dispensar 12 mil funcionários, e por isso pode pedir concordata caso o Congresso não forneça a assistência imediata à indústria aérea.

"Devido as atuais perdas projetadas e a redução prevista em 50% nos vôos comerciais, temos de ser prudentes para reorganizar a companhia até o fim de outubro", disse o CEO da Continental, Gordon Bethune.

Os ataques a Nova York e Washington causaram uma perda adicional de US$ 1 bilhão às empresas aéreas. "As companhias aéreas dos EUA estão sofrendo uma crise financeira sem precedentes", disse Bethune, prevendo 100 mil demissões no setor.

A crise a que o setor foi lançado pelos atentados terroristas já foi sentida pelo mercado financeiro. As ações das companhias aéreas desabaram hoje na reabertura das Bolsas de Nova York.

Os papéis da AMR Corp., que controla a American Airlines, desabaram 37,71% no mercado acionário norte-americano. As ações da United Airlines também registram forte desvalorização (38,68%). As ações da Boeing, fabricante dos aviões, sofreram uma baixa de 12,03%.

Segundo o CEO da Continental, as perdas para toda a indústria aérea norte-americana é de US$ 300 milhões por dia. Os novos prognósticos são de mais cortes e dispensas temporárias.

Para Bethune os passageiros estão mudando a maneira como observam as viagens de avião. "O comportamento está mudando diante de nossos olhos", acrescentou.

Outra que está com problemas é a Northwest Airlines, que vai diminuir em 20% seus vôos previstos, e revisará as necessidades de staff, quatro dias após os ataques a Nova York e Washington terem abalado o tráfego aéreo.

A empresa afirmou que os cortes nos vôos serão medidos pelos assentos livres por milha voada e serão implementados em 1º de outubro.

A Nothwest, que tem 53 mil empregados, afirmou em um comunicado que irá completar sua revisão sobre o staff total e necessidades de recursos na próxima semana.

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