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17/09/2001
-
17h32
GABRIELLA ESPER
da Folha Online
A Bolsa de Nova York retomou seus trabalhos hoje e os mercados financeiros internacionais voltaram a se guiar pela maior economia do mundo. No Brasil, a reabertura dos mercados foi recebida com alívio -a queda poderia ser bem maior- e cautela -ainda não há nada a se comemorar.
Como os mercados brasileiros haviam adiantado o pessimismo nas semana passada, sobrou espaço hoje para uma reavaliar o tamanho da crise. Apesar da Bolsa de Nova York despencar 7,13% o dólar comercial caiu e a Bovespa subiu no Brasil, como há uma semana não se via. Nos Estados Unidos, após quatro dias fechadas, a Bolsa de Nova York "corrigiu" o preço de suas ações e despencou 7,12%.
A Bolsa de NY hoje
Nesta segunda-feira, o "otimismo" brasileiro foi alimentado por uma série de fatores. Para começar, logo no início do dia, foi anunciado corte de 0,5 ponto percentual do juro nos EUA, que caiu de 3,5% para 3% ao ano. Na verdade, havia essa expectativa no mercado mundial, mas a decisão esta manhã foi inesperada e mostrou que o Federal Reserve (o BC dos EUA) não vai assistir passivamente à derrocada dos mercados.
O Fed cortou o juro para dar fôlego e incentivo aos mercados e foi bem recebido. A economia norte-americana já enfrentava retração e poderia entrar em verdadeira recessão nos próximos meses com a destruição do World Trade Center. A decisão do Fed foi acertada, segundo analistas de mercado.
A Bolsa de NY hoje
Para o câmbio, no entanto, o anúncio do Fed veio apenas acentuar a queda nas cotações. A moeda norte-americana já havia iniciado o dia em baixa e atingiu queda de 1,15% com o corte de juro.
O BC brasileiro também já havia tomado suas precauções para esta segunda. Na sexta, anunciou que emitiria hoje R$ 10 bilhões em papéis cambiais para sua carteira, montante que viria fazer parte de sua "munição" para irrigar o câmbio com "hedge" (proteção) se caso fosse necessário. O mercado negociou pouco hoje, mas aliviado. O dólar comercial fechou em baixa de 0,22%, a R$ 2,666 para compra e R$ 2,668 para venda.
Outro fator de otimismo no câmbio foi a negociação no mercado de juros. As taxas voltaram a cair. Semana passada, haviam disparado. Fôlego maior não só para os investidores mas também para o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que inicia amanhã reunião para decidir sobre o juro brasileiro, a Selic, nos atuais 19% ao ano.
No caso da Bovespa, as quedas históricas da semana passada já haviam embutido o temor e as dúvidas da reabertura das Bolsas norte-americanas de hoje. Por isso, a Bolsa paulista operou em alta firme por todo o dia no movimento de recuperação de perdas.
A Bovespa registrou hoje a segunda maior alta do ano, com valorização de 5,08%, aos 10.544 pontos. O giro financeiro foi de R$ 622,178 milhões.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Veja a cotação do dólar durante o dia
Bolsa de NY retoma negócios e alivia o mercado no Brasil
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A Bolsa de Nova York retomou seus trabalhos hoje e os mercados financeiros internacionais voltaram a se guiar pela maior economia do mundo. No Brasil, a reabertura dos mercados foi recebida com alívio -a queda poderia ser bem maior- e cautela -ainda não há nada a se comemorar.
Como os mercados brasileiros haviam adiantado o pessimismo nas semana passada, sobrou espaço hoje para uma reavaliar o tamanho da crise. Apesar da Bolsa de Nova York despencar 7,13% o dólar comercial caiu e a Bovespa subiu no Brasil, como há uma semana não se via. Nos Estados Unidos, após quatro dias fechadas, a Bolsa de Nova York "corrigiu" o preço de suas ações e despencou 7,12%.
A Bolsa de NY hoje
Nesta segunda-feira, o "otimismo" brasileiro foi alimentado por uma série de fatores. Para começar, logo no início do dia, foi anunciado corte de 0,5 ponto percentual do juro nos EUA, que caiu de 3,5% para 3% ao ano. Na verdade, havia essa expectativa no mercado mundial, mas a decisão esta manhã foi inesperada e mostrou que o Federal Reserve (o BC dos EUA) não vai assistir passivamente à derrocada dos mercados.
O Fed cortou o juro para dar fôlego e incentivo aos mercados e foi bem recebido. A economia norte-americana já enfrentava retração e poderia entrar em verdadeira recessão nos próximos meses com a destruição do World Trade Center. A decisão do Fed foi acertada, segundo analistas de mercado.
A Bolsa de NY hoje
Para o câmbio, no entanto, o anúncio do Fed veio apenas acentuar a queda nas cotações. A moeda norte-americana já havia iniciado o dia em baixa e atingiu queda de 1,15% com o corte de juro.
O BC brasileiro também já havia tomado suas precauções para esta segunda. Na sexta, anunciou que emitiria hoje R$ 10 bilhões em papéis cambiais para sua carteira, montante que viria fazer parte de sua "munição" para irrigar o câmbio com "hedge" (proteção) se caso fosse necessário. O mercado negociou pouco hoje, mas aliviado. O dólar comercial fechou em baixa de 0,22%, a R$ 2,666 para compra e R$ 2,668 para venda.
Outro fator de otimismo no câmbio foi a negociação no mercado de juros. As taxas voltaram a cair. Semana passada, haviam disparado. Fôlego maior não só para os investidores mas também para o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que inicia amanhã reunião para decidir sobre o juro brasileiro, a Selic, nos atuais 19% ao ano.
No caso da Bovespa, as quedas históricas da semana passada já haviam embutido o temor e as dúvidas da reabertura das Bolsas norte-americanas de hoje. Por isso, a Bolsa paulista operou em alta firme por todo o dia no movimento de recuperação de perdas.
A Bovespa registrou hoje a segunda maior alta do ano, com valorização de 5,08%, aos 10.544 pontos. O giro financeiro foi de R$ 622,178 milhões.
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