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18/09/2001 - 17h02

Turismo internacional sofreu ''golpe terrível'', diz organização

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da Deutsche Welle

Os atentados terroristas nos Estados Unidos são um ''golpe terrível'' para o turismo mundial. Os aeroportos americanos nunca foram fechados e nunca se armou um ''caos tão grande'' na aviação internacional, disse hoje, em Paris, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Francesco Frangialli.

Inúmeros turistas e homens de negócios adiaram ou cancelaram suas viagens aos Estados Unidos. As companhias aéreas sofreram enormes prejuízos e o setor ainda terá que calcular os custos suplementares com as novas normas de segurança.

No entanto, Frangialli aposta numa recuperação rápida do setor. Os acontecimentos das próximas semanas serão decisivos. Se as ações de represália ''forem limitadas a uma só região do mundo'', o turismo como um todo não será demasiadamente afetado, segundo o secretário-geral da OMT.

Nesse meio tempo, aumentaram de tal forma os cancelamentos de viagens, principalmente para os Estados Unidos mas também para outros destinos, que não parecem infundados os temores de que o turismo enfrente a pior crise de todos os tempos. Os atentados representaram ''uma catástrofe'' para os negócios, na apreciação unânime das agências e companhias de turismo.

O turismo mundial movimenta US$ 455 bilhões de dólares. Os americanos gastaram em viagens US$ 60,1 bilhões, em 1999, segundo os últimos dados disponíveis na OMT. Em segundo lugar vêm os alemães, com US$ 48,2 bilhões, e, em terceiro, os japoneses, com gastos no valor de US$ 32,8 bilhões.

O sistema mundial Amadeus de reserva de vôos registrou uma queda de vendas de viagens de 28% na semana passada, em função dos ataques terroristas contra os Estados Unidos.

Entre 11 e 14 de setembro, o número de reservas ficou 1,6 milhão aquém do habitual, informaram representantes do sistema, em Madri. O mercado norte-americano foi o mais afetado, com uma queda de 78%. As reservas de vôo a outros países diminuíram 19%.

Com a liberação do tráfego aéreo nos EUA, conta-se com uma normalização. Utilizado por 63 mil agências de viagens, o sistema Amadeus efetuou 394 milhões de reservas de vôos no ano passado.

Na Alemanha, 25% dos clientes de três grandes agências, Dertour, Meiers's Weltreisen e ADAC (Clube do Automóvel), cancelaram ou adiaram sua viagem aos Estados Unidos.

Os títulos de turismo e companhias aéreas estão entre os que mais sofreram os efeitos dos atentados. A ação do grupo Preussag (turismo), por exemplo, desvalorizou-se 27% desde o dia 10, e a da Lufthansa, que hoje perdeu mais 7,79%, acumulou desde então uma desvalorização de 33%.

Acompanhe a situação dos aeroportos dos EUA


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