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19/09/2001 - 14h59

Alemanha investiga atuação de terroristas nas Bolsas

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da Deutsche Welle

As investigações sobre possíveis especulações dos terroristas nos mercados financeiros, com base em informações privilegiadas, se ampliam cada vez mais e já envolvem vários países.

Os órgãos de fiscalização das bolsas nos Estados Unidos, Alemanha e Japão receberam informações de que teria havido vendas suspeitas de opções de ações de companhias aéreas e seguradoras pouco antes dos atentados. Elas teriam intensificado a desvalorização desses títulos, que caíram mais ainda após os atentados.

Os ''insiders'' , no caso, seriam os terroristas, os únicos que poderiam tirar proveito desse tipo de informações privilegiadas. Opções de venda são um tipo de negócio a termo e uma possibilidade de os acionistas lucrarem com a queda das cotações.

O acionista tem o direito de vender ações por um preço fixo, previamente combinado. Mas ele só compra as ações depois, com o preço baixo. O lucro resulta da venda, a seguir, pelo preço alto, previamente combinado. Essa transação passa a ser ilegal quando a especulação é realizada explorando-se informações privilegiadas.

Os órgãos de fiscalização dos mercados financeiros na Grã-Bretanha, Suíça, Itália e França também participam da investigação.

Resseguradoras como a alemã Munich Re (Münchener Rück), a suíça Swiss Re e a francesa Axa também estariam contribuindo para esclarecer as irregularidades, uma vez que estão entre as empresas prejudicadas por esse tipo de transação, sem contar o que terão que desembolsar às seguradoras em virtude dos atentados.

Nos Estados Unidos, investidores desconhecidos colocaram à venda um grande número de opções de ações das companhias aéreas United Airlines e American Airlines na Bolsa de Chicago.

Os aviões seqüestrados, usados nos atentados, eram dessas duas companhias. Em vários países, investiga-se agora se aconteceu algo semelhante com outras companhias aéreas e de seguro. Hoje, a Holanda anunciou que está averiguando possíveis irregularidades envolvendo as ações da KLM.

As autoridades alemãs indicaram hoje que deverá demorar algumas semanas até serem concluídas as investigações sobre transações suspeitas. Atualmente está sendo realizada uma inspeção de rotina, por parte das Bolsas de Valores, para levantar as movimentações anteriores aos atentados nos EUA, indicou Sabine Reimer, do Departamento Federal de Fiscalização dos Mercados Financeiros.

As perspectivas de desmascarar quem está por trás dessas transações, contudo, são consideradas mínimas, pois as opções foram espalhadas por vários países e dificilmente os bancos conseguirão seguir a pista dos laranjas.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA

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