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20/09/2001
-
17h23
GABRIELLA ESPER
da Folha Online
O dólar comercial fechou hoje a R$ 2,762 por conta das incertezas do futuro da política internacional e a previsão da diminuição do fluxo de dinheiro para o Brasil. Foi a maior cotação da história do câmbio flutuante. No ano, a moeda norte-americana acumula alta de 41,56%. Já o real, teve perda de 29,36% este ano.
O mercado pressionou as cotações sem qualquer interferência do Banco Central. O dólar saltou hoje de R$ 2,710 -patamar de ontem, recorde anterior do Plano Real - para R$ 2,760, fechando a quinta-feira a R$ 2,758 para compra e R$ 2,762 para venda, cotação inédita.
O medo da recessão global após o abalo sofrido pelo mercado financeiro norte-americano justifica o "ataque" dos investidores às cotações do dólar. A baixa hoje nas Bolsas norte-americanas colaborou para aumentar o pessimismo.
A perspectiva de menor fluxo de recursos para o Brasil apavora o mercado de câmbio. De todos os países emergentes, a retração do crescimento global terá maior impacto para o Brasil. O país passa daqui a um ano por transição política e enfrenta ainda as consequências do racionamento de energia elétrica.
No mercado financeiro, o "sentimento" de que a moeda chegará a R$ 3 em breve cresceu. "Ou o câmbio recua para um patamar mais razoável, ou teremos mais inflação", afirma o economista-chefe do Banco Santos, Rogério Mori.
O patamar razoável para Mori, de R$ 2,50, pode causar estranheza em relação ao atual patamar do câmbio. Mas, para o economista, O BC não pode mexer nas taxas de juros com esse patamar atual.
A atual pressão do mercado é inédita para muitos economistas. Mori ressalta que desde quando o Brasil renegociou sua dívida externa, em 1992, nunca o mercado se viu tão aflito com uma crise, "nem quando se deu o acirramento da crise argentina, que começou no final de 2000".
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Veja a cotação do dólar durante o dia
Dólar fecha a R$ 2,76, bate recorde, e mercado intima BC a agir
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O mercado pressionou as cotações sem qualquer interferência do Banco Central. O dólar saltou hoje de R$ 2,710 -patamar de ontem, recorde anterior do Plano Real - para R$ 2,760, fechando a quinta-feira a R$ 2,758 para compra e R$ 2,762 para venda, cotação inédita.
O medo da recessão global após o abalo sofrido pelo mercado financeiro norte-americano justifica o "ataque" dos investidores às cotações do dólar. A baixa hoje nas Bolsas norte-americanas colaborou para aumentar o pessimismo.
A perspectiva de menor fluxo de recursos para o Brasil apavora o mercado de câmbio. De todos os países emergentes, a retração do crescimento global terá maior impacto para o Brasil. O país passa daqui a um ano por transição política e enfrenta ainda as consequências do racionamento de energia elétrica.
No mercado financeiro, o "sentimento" de que a moeda chegará a R$ 3 em breve cresceu. "Ou o câmbio recua para um patamar mais razoável, ou teremos mais inflação", afirma o economista-chefe do Banco Santos, Rogério Mori.
O patamar razoável para Mori, de R$ 2,50, pode causar estranheza em relação ao atual patamar do câmbio. Mas, para o economista, O BC não pode mexer nas taxas de juros com esse patamar atual.
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