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20/09/2001
-
17h43
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A crise internacional do setor aéreo já começa a provocar demissões entre os trabalhadores brasileiros. Grandes empresas de aviação, como a United, Continental, Alitalia e Iberia procuraram o Sindicato Nacional dos Aeroviários para negociar a redução da força de trabalho. A justificativa para as demissões é a crise da aviação internacional.
"As companhias vão fazer demissões no mundo todo. O problema é que os maiores sacrifícios serão feitos pelos funcionários de outros países, como o Brasil, que trabalham longe das sedes das companhias", disse a presidente do sindicato, Selma Balbino.
As demissões refletem a crise internacional a que o setor aéreo foi lançado após os atentados terroristas da semana passada, nos Estados Unidos. Desde terça-feira, dia dos atentados, as grandes companhias aéreas anunciaram a redução da frequência de vôos e a demissão de mais de 100 mil funcionários.
No caso da United, as demissões atingirão 65 pessoas, ou seja, 52% dos 125 funcionários da empresa no Brasil. Para evitar as demissões, a United propôs ao sindicato a concessão de licença não-remunerada aos trabalhadores.
Já a Continental, Iberia e Alitalia querem reduzir a jornada de trabalho dos funcionários brasileiros e fazer um corte proporcional de salário.
O sindicato não concorda com as propostas, mas levará as idéias para discussão entre os trabalhadores de cada companhia.
"Não existe no setor privado esse negócio de licença sem remuneração. Nunca vi isso. Ninguém gosta também de ter redução de salário. As propostas vão ser levadas para assembléia. Os funcionários é que decidem se preferem as propostas ou correr o risco de demissão."
Para a sindicalista, a crise das companhias estrangeiras não é pior do que as dificuldades das empresas nacionais. 'As estrangeiras empregam no máximo 200 funcionários cada uma. O pior será quando as empresas nacionais começarem a demitir.''
Uma das maiores empresas nacionais, a Varig, já anunciou hoje o corte de 10% de sua força de trabalho. A Varig tem atualmente 16 mil funcionários. Em 1995, a companhia contava com 26 mil trabalhadores.
Acompanhe a situação dos aeroportos dos EUA
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Crise no setor aéreo já começa a cortar emprego no Brasil
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A crise internacional do setor aéreo já começa a provocar demissões entre os trabalhadores brasileiros. Grandes empresas de aviação, como a United, Continental, Alitalia e Iberia procuraram o Sindicato Nacional dos Aeroviários para negociar a redução da força de trabalho. A justificativa para as demissões é a crise da aviação internacional.
"As companhias vão fazer demissões no mundo todo. O problema é que os maiores sacrifícios serão feitos pelos funcionários de outros países, como o Brasil, que trabalham longe das sedes das companhias", disse a presidente do sindicato, Selma Balbino.
As demissões refletem a crise internacional a que o setor aéreo foi lançado após os atentados terroristas da semana passada, nos Estados Unidos. Desde terça-feira, dia dos atentados, as grandes companhias aéreas anunciaram a redução da frequência de vôos e a demissão de mais de 100 mil funcionários.
No caso da United, as demissões atingirão 65 pessoas, ou seja, 52% dos 125 funcionários da empresa no Brasil. Para evitar as demissões, a United propôs ao sindicato a concessão de licença não-remunerada aos trabalhadores.
Já a Continental, Iberia e Alitalia querem reduzir a jornada de trabalho dos funcionários brasileiros e fazer um corte proporcional de salário.
O sindicato não concorda com as propostas, mas levará as idéias para discussão entre os trabalhadores de cada companhia.
"Não existe no setor privado esse negócio de licença sem remuneração. Nunca vi isso. Ninguém gosta também de ter redução de salário. As propostas vão ser levadas para assembléia. Os funcionários é que decidem se preferem as propostas ou correr o risco de demissão."
Para a sindicalista, a crise das companhias estrangeiras não é pior do que as dificuldades das empresas nacionais. 'As estrangeiras empregam no máximo 200 funcionários cada uma. O pior será quando as empresas nacionais começarem a demitir.''
Uma das maiores empresas nacionais, a Varig, já anunciou hoje o corte de 10% de sua força de trabalho. A Varig tem atualmente 16 mil funcionários. Em 1995, a companhia contava com 26 mil trabalhadores.
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