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20/09/2001 - 20h20

Terroristas podem ter especulado com ações da Embraer; veja arte

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SÉRGIO RIPARDO
ELAINE COTTA
IVONE PORTES

da Folha Online

As ações da Embraer, quarta maior fabricante de aviões do mundo e maior exportadora do Brasil, tiveram forte queda às vésperas dos atentados aos Estados Unidos.

A expressiva oscilação dos papéis da Embraer, e de várias outras empresas do setor, chamou a atenção dos xerifes do mercado de capitais de todo o mundo, que investigam a suspeita de que grupos ligados aos terroristas podem ter lucrado com a informação privilegiada sobre a ocorrência dos atentados nos EUA.

Na segunda-feira da semana passada, dia anterior aos atentados, os papéis preferenciais (sem direito a voto) da empresa caíram 10% na Bovespa.



Só entre os dias 6 e 10, os ADRs da empresa tiveram desvalorização de 11%, caindo de US$ 27 para US$ 24. Os papéis da Embraer negociados em NY, conhecidos como ADRs, despencaram 43,7% desde o início do mês até ontem, segundo dados da Economatica.



Com os nomes das companhias mantidos em sigilo, a investigação não tem data para acabar, afirmou à Folha Online John Nester, porta-voz da SEC, agência que regula o mercado financeiro dos EUA. O nome das empresas cujas ações são investigadas só serão divulgados quando a comissão concluir formalmente as investigações.

No Brasil, a CVM também acompanha o caso. A superintendente-geral da autarquia, Ana Maria França, diz, no entanto, que ainda não há elementos suficientes para relacionar as oscilações dos papéis da Embraer com os acontecimentos nos EUA. Ela afirmou que investigações sempre acontecem quando as ações oscilam demais.

Embraer
O vice-presidente financeiro da Embraer, Antonio Luiz Pizarro Manso, disse à Folha Online achar "completamente improvável" que a forte queda dos papéis tenha alguma relação com supostas operações realizadas por grupos ligados ao terrorismo.

Ele explica que foi a queda dos ADRs em NY que influenciou a desvalorização das ações na Bovespa.

Segundo Manso, a baixa dos papéis pode ser resultado de uma reação do mercado ao anúncio da revisão para baixo da previsão de entrega de aeronaves em 2001.

No final do mês passado, a companhia admitiu ter sido atingida pela desaceleração da economia global e, por conta disso, não conseguirá cumprir suas metas para este ano - entregar 200 aeronaves e aumentar a cadência de produção, passando de 17 para 20 aviões por mês, como estava previsto para este ano.



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