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20/09/2001
-
21h58
FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Nova York
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O'Neill, disse hoje que devem começar a ser fechadas as contas bancárias no país que tenham alguma relação com fundos usados por terroristas ou por pessoas ligadas a grupos terroristas.
O Departamento do Tesouro é o Ministério da Fazenda dos Estados Unidos.
O'Neill falou hoje perante o Senado a respeito dos efeitos dos atentados ao World Trade Center e ao Pentágono no último dia 11 sobre a economia do país.
"Nós resolvemos que devemos fazer um esforço intensivo para lidar com as atividades de arrecadação de fundos de terroristas de uma forma que nunca tínhamos feito antes", afirmou o secretário para o Comitê Bancário do Senado.
O'Neill declarou que esse esforço já está em curso com a cooperação de governos e de autoridades de vários outros países para "começar a fechar as contas bancárias" de indivíduos e grupos ligados ao que ele chamou de "atividades terroristas".
Na realidade, as declarações são uma tentativa de responder sobre o comportamento comedido do Departamento do Tesouro no combate ao dinheiro usado por terroristas.
Há mais de dois anos o Tesouro vem atrasando a implantação de um instrumento de combate à lavagem de dinheiro.
Trata-se do Centro de Localização de Patrimônio de Terroristas (Foreign Terrorist Asset Tracking Center).
Sempre houve muitas dúvidas no Congresso dos Estados Unidos sobre se o governo deveria mesmo ser mais rígido com operações financeiras suspeitas.
Alguns deputados e senadores republicanos consideram que excesso de supervisão pode afugentar todos os tipos de investidores do país.
Lavagem de dinheiro
O senador Phil Gramm, republicano do Texas, presidia no ano passado o Comitê Bancário quando foi enterrada uma proposta de dar mais poderes ao Tesouro americano para barrar no país instituições financeiras que não concordassem em combater a lavagem de dinheiro.
Mesmo depois dos atentados do dia 11, Gramm continua com a mesma opinião. Acha a proposta totalitária.
"A maneira de lidar com terroristas é caçá-los e matá-los", declarou ao jornal "The New York Times".
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Contas de terroristas serão fechadas nos EUA
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O'Neill, disse hoje que devem começar a ser fechadas as contas bancárias no país que tenham alguma relação com fundos usados por terroristas ou por pessoas ligadas a grupos terroristas.
O Departamento do Tesouro é o Ministério da Fazenda dos Estados Unidos.
O'Neill falou hoje perante o Senado a respeito dos efeitos dos atentados ao World Trade Center e ao Pentágono no último dia 11 sobre a economia do país.
"Nós resolvemos que devemos fazer um esforço intensivo para lidar com as atividades de arrecadação de fundos de terroristas de uma forma que nunca tínhamos feito antes", afirmou o secretário para o Comitê Bancário do Senado.
O'Neill declarou que esse esforço já está em curso com a cooperação de governos e de autoridades de vários outros países para "começar a fechar as contas bancárias" de indivíduos e grupos ligados ao que ele chamou de "atividades terroristas".
Na realidade, as declarações são uma tentativa de responder sobre o comportamento comedido do Departamento do Tesouro no combate ao dinheiro usado por terroristas.
Há mais de dois anos o Tesouro vem atrasando a implantação de um instrumento de combate à lavagem de dinheiro.
Trata-se do Centro de Localização de Patrimônio de Terroristas (Foreign Terrorist Asset Tracking Center).
Sempre houve muitas dúvidas no Congresso dos Estados Unidos sobre se o governo deveria mesmo ser mais rígido com operações financeiras suspeitas.
Alguns deputados e senadores republicanos consideram que excesso de supervisão pode afugentar todos os tipos de investidores do país.
Lavagem de dinheiro
O senador Phil Gramm, republicano do Texas, presidia no ano passado o Comitê Bancário quando foi enterrada uma proposta de dar mais poderes ao Tesouro americano para barrar no país instituições financeiras que não concordassem em combater a lavagem de dinheiro.
Mesmo depois dos atentados do dia 11, Gramm continua com a mesma opinião. Acha a proposta totalitária.
"A maneira de lidar com terroristas é caçá-los e matá-los", declarou ao jornal "The New York Times".
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