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21/09/2001 - 07h44

Juros são os mais baixos possíveis, diz Fraga

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da Folha de S.Paulo

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse ontem que os juros praticados no Brasil são 'os mais baixos possíveis''. A afirmação foi dada um dia depois de o Copom decidir manter a taxa básica da economia em 19% ao ano.

Fraga esteve ontem no Congresso para apresentar o balanço contábil do BC a deputados e senadores. A sessão, que ocorreu pouco antes da eleição do novo presidente do Senado, teve pouca audiência. Apenas 12 congressistas se inscreveram para fazer perguntas para Fraga. A sala em que ocorreu o evento tem capacidade para cem pessoas.

Fraga disse que não era possível seguir o exemplo dos EUA, que, após os ataques terroristas, reduziram os juros básicos em 0,5 ponto percentual, para incentivar o crescimento econômico.

Fraga explicou que, nos EUA, o desaquecimento da economia é decorrente de um choque de demanda, ou seja, da queda repentina no consumo. Por isso, uma redução de juros não deve provocar um aumento da inflação.

No Brasil, ao contrário, o que ocorreu foi um choque de oferta, com empresas reduzindo o nível de produção. Por isso, segundo ele, uma redução nos juros iria levar a um aumento da demanda num momento em que a oferta já é cada vez mais restrita.

Esse desequilíbrio poderia levar a uma alta dos preços. A alta de 3,75 pontos percentuais nos juros ocorrida desde abril foi um dos principais responsáveis pela desaceleração da economia no segundo trimestre deste ano.

Fraga afirmou ainda que, com a alta maior do que o previsto da inflação, os juros reais praticados pelo BC não estão tão altos. Para ele, diante das turbulências vindas do cenário externo, as taxas em vigor no Brasil estão em uma ''trajetória razoável''.

Ele reclamou das dificuldades para lidar com todas essas crises. ''Não é fácil sentar na cadeira do BC neste momento de turbulência.''

 

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