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21/09/2001 - 07h59

''Vírus do atentado'' ataca no mundo

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JOSÉLIA AGUIAR
da Folha de S.Paulo

Mais de mil empresas no Brasil já foram infectadas por uma nova praga cibernética, o vírus nimda, que começou a atacar computadores de todo o mundo na manhã da última terça-feira.

Implacável em sua ofensiva _contamina de 16 maneiras diferentes e demora mais tempo do que a média para ser exterminado da máquina_, já começou a ser chamado de "vírus do atentado", em uma referência ao ataque terrorista aos EUA no dia 11, também uma terça-feira. O primeiro relato sobre o vírus ocorreu exatamente em território norte-americano.

A conta do contágio no Brasil contabiliza atendimentos feitos até às 18h de ontem por três das principais fabricantes de antivírus que atuam no país: McAfee, Symantec e Trend.

A lista inclui bancos, telefônicas e indústrias de todos os portes. Empresas têm sido o alvo preferencial, mas computadores pessoais também estão sofrendo com a nova praga. Ainda não há estimativas do prejuízo causado pelo nimda nas máquinas brasileiras.

No mundo, segundo especialistas, o novo vírus pode provocar perdas superiores às causadas pelo "Code Red", que atacou computadores de vários países entre julho e agosto e custou US$ 2,6 bilhões. Em três dias, o nimda já foi identificado em 15 países e os mais infectados até agora foram EUA, Reino Unido, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

Especialistas dizem que o nimda _a palavra "admin" de trás para frente_ é o vírus que se espalhou mais rapidamente até hoje. Suspeita-se que tenha surgido na China.

Com alto poder de contágio, pode entrar nos computadores por meio de e-mails, de visitas a páginas da internet e de redes infectadas. As máquinas mais vulneráveis são as que utilizam o Microsoft Windows _versões 95 e 98_ e o "Outlook Express", programa de e-mails da Microsoft.

A norte-americana McAfee, líder no setor, foi a que atendeu o maior número de empresas atingidas no Brasil. Até ontem, foram mais de 900, de acordo com os cálculos de Patrícia Ammirabile, responsável no Brasil pela Avert, laboratório de desenvolvimento de antivírus da McAfee.

As principais empresas do setor já criaram antídotos para o nimda e os oferecem até mesmo a não-clientes em suas páginas na web.

Hernan Armbruster, gerente de operações para a América Latina da Trend Micro, explica que 64 empresas já foram atendidas. "Já contamos até agora mais de 7.000 estações de trabalho contaminadas", diz. Mais de 90% das chamadas foram feitas por empresas. Armbruster avalia que o custo de limpar uma máquina infectada pelo nimda é três vezes maior do que o de um vírus comum.

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