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23/09/2001
-
08h29
da Folha de S.Paulo
O pessimismo do brasileiro em relação ao futuro da economia do país é o maior desde fevereiro de 1999, logo após a desvalorização do real. Pesquisa do Datafolha, realizada uma semana após os ataques terroristas aos Estados Unidos, apurou que 53% dos entrevistados acreditam que a situação econômica do país vai piorar daqui para a frente.
Na época da desvalorização do real, esse percentual era de 50%. Este é o maior índice de pessimismo já obtido pelo instituto desde que a pesquisa começou a ser realizada, em dezembro de 1997. Ao responder a pergunta sobre qual sua expectativa para a situação da economia, os entrevistados não precisavam justificar a resposta.
Mas, certamente, é possível afirmar que o atentado terrorista e sua consequência mais imediata para a economia brasileira, a disparada do dólar em relação ao real, influenciaram as respostas.
Ao responder a uma outra questão, sobre qual seria a influência do atentado na economia brasileira, 51% dos entrevistados afirmaram que ela será grande; 29% disseram acreditar que as consequências serão pequenas. Para 11%, os atentados não terão influência alguma para o Brasil.
Da terça-feira, dia 11, até o dia 18, quando a pesquisa foi feita, o dólar acumulava valorização de 3,34% em relação ao real. A moeda norte-americana bateu sucessivos recordes de alta na semana passada, para fechar na sexta-feira cotada a R$ 2,835. Desde o dia dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, o dólar se valorizou 8,8% em relação ao real.
A incerteza em relação ao desfecho da crise desencadeada pelos atentados aos Estados Unidos leva tensão aos mercados.
O pessimismo do brasileiro em relação à economia do país deu seu primeiro salto neste ano em junho, quando a taxa ficou em 44%, ante os 34% obtidos em pesquisa de março. Naquela ocasião, a pesquisa refletia as incertezas da população em relação às consequências do apagão para a atividade econômica do país.
A maioria das pessoas ouvidas pelo Datafolha, 72%, acredita que a inflação irá subir. O número superou os 70% de março e é o novo recorde desde agosto de 1993. Quando o real foi lançado, em julho de 1994, 14% dos entrevistados acreditavam na alta dos preços. Para a maior parte dos entrevistados, 69%, o desemprego também irá crescer.
O Datafolha ouviu 2.830 pessoas em 127 municípios de todo o país no dia 18 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Pessimismo dos brasileiros com o país é recorde
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O pessimismo do brasileiro em relação ao futuro da economia do país é o maior desde fevereiro de 1999, logo após a desvalorização do real. Pesquisa do Datafolha, realizada uma semana após os ataques terroristas aos Estados Unidos, apurou que 53% dos entrevistados acreditam que a situação econômica do país vai piorar daqui para a frente.
Na época da desvalorização do real, esse percentual era de 50%. Este é o maior índice de pessimismo já obtido pelo instituto desde que a pesquisa começou a ser realizada, em dezembro de 1997. Ao responder a pergunta sobre qual sua expectativa para a situação da economia, os entrevistados não precisavam justificar a resposta.
Mas, certamente, é possível afirmar que o atentado terrorista e sua consequência mais imediata para a economia brasileira, a disparada do dólar em relação ao real, influenciaram as respostas.
Ao responder a uma outra questão, sobre qual seria a influência do atentado na economia brasileira, 51% dos entrevistados afirmaram que ela será grande; 29% disseram acreditar que as consequências serão pequenas. Para 11%, os atentados não terão influência alguma para o Brasil.
Da terça-feira, dia 11, até o dia 18, quando a pesquisa foi feita, o dólar acumulava valorização de 3,34% em relação ao real. A moeda norte-americana bateu sucessivos recordes de alta na semana passada, para fechar na sexta-feira cotada a R$ 2,835. Desde o dia dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, o dólar se valorizou 8,8% em relação ao real.
A incerteza em relação ao desfecho da crise desencadeada pelos atentados aos Estados Unidos leva tensão aos mercados.
O pessimismo do brasileiro em relação à economia do país deu seu primeiro salto neste ano em junho, quando a taxa ficou em 44%, ante os 34% obtidos em pesquisa de março. Naquela ocasião, a pesquisa refletia as incertezas da população em relação às consequências do apagão para a atividade econômica do país.
A maioria das pessoas ouvidas pelo Datafolha, 72%, acredita que a inflação irá subir. O número superou os 70% de março e é o novo recorde desde agosto de 1993. Quando o real foi lançado, em julho de 1994, 14% dos entrevistados acreditavam na alta dos preços. Para a maior parte dos entrevistados, 69%, o desemprego também irá crescer.
O Datafolha ouviu 2.830 pessoas em 127 municípios de todo o país no dia 18 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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