Publicidade
Publicidade
24/09/2001
-
07h16
MARIA CRISTINA FRIAS
da Folha de S.Paulo
A volatilidade em Bolsa deve continuar enquanto não se tornarem conhecidas a extensão da resposta norte-americana aos ataques terroristas e eventuais reações que possa despertar.
Isso é ponto pacífico para analistas de mercado que se preparam para mais uma semana de nervosismo.
Amanhã sai nos EUA o índice mais esperado desde os atentados, o de confiança do consumidor. É um termômetro impreciso, mas importante porque pode apontar retração dos consumidores depois dos atentados.
"Esses eventos agendados, porém, têm hoje 1% da importância dos que não estão agendados, como decisões militares, econômicas, políticas e medidas de risco sistêmico", diz o estrategista do Deutsche Bank, José da Cunha.
Para dar uma idéia da expectativa que tem do risco no mercado acionário, a equipe do Deutsche Bank Investimentos afirma ter reduzido a posição em Bolsa ao mínimo possível.
O fundo balanceado (em que o gestor tem maior liberdade na composição do portfólio), recém-lançado pelo banco, não alocou nada em ações.
Cunha afirma não recomendar a entrada em Bolsa a quem espera melhora em seis meses. "Dificilmente a Bovespa recupera 10% antes disso", diz.
Segundo ele o investidor deve avaliar, conforme suas necessidades, se sair no prejuízo, que é grande, e ir para a renda fixa, que rende 9%, 10%, é melhor do que correr o risco de assumir o prejuízo em Bolsa mais tempo.
Para Michel Campanella, da corretora Socopa, "se o conflito não piorar muito, o mercado brasileiro pode estar chegando ao fundo, e o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) não deverá romper os 9.500 pontos".
Segundo Ricardo Kobayashi, do Banco Pactual, a Bovespa está volátil porque não houve mudança de fundamentos e, por isso, "está bem precificada para o risco Brasil, em 1.100 pontos".
Felipe Monaco, do Deustche Bank Investimentos, recomenda papéis defensivos com receita em dólar e liquidez, como Petrobrás e Vale do Rio Doce, além de ações de grandes bancos. Campanella sugere também algumas de teles, "as primeiras a cair e a subir".
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Mercados enfentam nova semana de muita tensão
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A volatilidade em Bolsa deve continuar enquanto não se tornarem conhecidas a extensão da resposta norte-americana aos ataques terroristas e eventuais reações que possa despertar.
Isso é ponto pacífico para analistas de mercado que se preparam para mais uma semana de nervosismo.
Amanhã sai nos EUA o índice mais esperado desde os atentados, o de confiança do consumidor. É um termômetro impreciso, mas importante porque pode apontar retração dos consumidores depois dos atentados.
"Esses eventos agendados, porém, têm hoje 1% da importância dos que não estão agendados, como decisões militares, econômicas, políticas e medidas de risco sistêmico", diz o estrategista do Deutsche Bank, José da Cunha.
Para dar uma idéia da expectativa que tem do risco no mercado acionário, a equipe do Deutsche Bank Investimentos afirma ter reduzido a posição em Bolsa ao mínimo possível.
O fundo balanceado (em que o gestor tem maior liberdade na composição do portfólio), recém-lançado pelo banco, não alocou nada em ações.
Cunha afirma não recomendar a entrada em Bolsa a quem espera melhora em seis meses. "Dificilmente a Bovespa recupera 10% antes disso", diz.
Segundo ele o investidor deve avaliar, conforme suas necessidades, se sair no prejuízo, que é grande, e ir para a renda fixa, que rende 9%, 10%, é melhor do que correr o risco de assumir o prejuízo em Bolsa mais tempo.
Para Michel Campanella, da corretora Socopa, "se o conflito não piorar muito, o mercado brasileiro pode estar chegando ao fundo, e o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) não deverá romper os 9.500 pontos".
Segundo Ricardo Kobayashi, do Banco Pactual, a Bovespa está volátil porque não houve mudança de fundamentos e, por isso, "está bem precificada para o risco Brasil, em 1.100 pontos".
Felipe Monaco, do Deustche Bank Investimentos, recomenda papéis defensivos com receita em dólar e liquidez, como Petrobrás e Vale do Rio Doce, além de ações de grandes bancos. Campanella sugere também algumas de teles, "as primeiras a cair e a subir".
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice