Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/09/2001 - 09h45

Atentados fizeram fundos despencar com a Bolsa

Publicidade

da Folha de S.Paulo

O ataque terrorista aos Estados Unidos provocou queda de mais de 8% em um único dia na rentabilidade de alguns fundos de ações, segundo levantamento feito junto aos 25 maiores fundos que aceitam aplicações mínimas de até R$ 5.000.

Foi o caso do Alfa Index, que bateu em -8,24% no dia 14. Esse fundo, já havia perdido 5,68% no dia 11, quando ocorreu o atentado nos Estados Unidos. ''Os papéis que mais fizeram o fundo sofrer foram os de telecomunicações'', diz Marcio Emery, diretor da asset do Banco Alfa.

Esse é um fundo indexado ao Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) e acompanha o movimento do índice.

As perdas de rentabilidade já vinham ocorrendo nessa categoria de fundos. Eles estavam pressionados pela crise argentina e pela perda de fôlego da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). A crise aberta pelo terrorismo aprofundou o tombo nos últimos dias.

Outro fundo indexado ao Ibovespa, o BB Ações Índice, acumulava perda de 16,26% no mês de setembro até o dia 20, enquanto o Ibovespa estava negativo em 17,50%.

No dia do ataque terrorista, o fundo rendeu -5,18%. "Esse fundo deve acompanhar o Ibovespa, mas sempre tem pequena estratégia para descolar do índice", diz Jorge Ricca, gerente de fundos de renda variável do Banco do Brasil.

Segundo Ricca, todos os fundos de renda variável do BB permitem que seu gestor mantenha uma parcela dos recursos em renda fixa e em índice futuro de Bolsa. Na semana do atentado, eles estavam com 5% a 6% do patrimônio em títulos de renda fixa, mas estava fora do mercado futuro. "Foi o que ajudou a conter um pouco as perdas", diz Ricca.

Mesmo fundos com gestão ativa, que buscam obter resultados superiores ao do Ibovespa e podem fazer operações para proteger suas carteiras, sofreram perdas.

É o caso do Safra Ações. Esse fundo perdeu 8,33% no dia 14/09. "O fundo já estava com uma carteira defensiva, pois o mercado vinha muito ruim", diz Valmir Celestino, gestor de renda variável da Safra Asset Management.

Na semana em que ocorreu o ataque terrorista, o Safra Ações tinha entre 8% e 10% em renda fixa e mesmo assim balançou. "Depois do atentado não deu tempo para fazer nada, e o fundo acompanhou a queda da Bolsa."

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA

Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página