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24/09/2001 - 11h43

Reunião da Organização Mundial do Turismo discute crise do setor

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da France Presse

A Organização Mundial do Turismo (OMT) dá início à sua assembléia geral na noite de hoje, em Seul (Coréia do Sul), em meio a um período preocupante para a indústria turística, afetada gravemente pelos atentados do último dia 11 contra os Estados Unidos.

A ONG, que conta com 139 Estados-membros e 345 membros afiliados (instituições educativas, órgãos locais de turismo e empresas do setor privado), revisou para baixo sua previsão de crescimento do número de turistas internacionais em 2001: de 1,5% a 2%, comparado com de 2,5% a 3% previstos inicialmente.

O balanço de 2001 será discreto, se comparado com a euforia do ano passado, quando foi registrado um aumento de 7,4% do número de turistas que viajam para o exterior. O turismo internacional gerou US$ 476 bilhões de receita em 2000, segundo a OMT, responsável pelas estatísticas mundiais da indústria turística.

Os atentados contra os Estados Unidos representaram ''um golpe terrível'' para o setor, mas este ''mostrará a capacidade de reação que lhe é característica'', declarou a OMT semana passada, de sua sede em Madri.

No balanço que será apresentado amanhã na assembléia, o secretário-geral da ONG, Francesco Frangialli, lembrará que ''o turismo só pode se desenvolver em um ambiente seguro e pacífico (...) Um atentado contra turistas em Luxor, um assassinato de crianças e visitantes estrangeiros na Namíbia, um sequestro nas Filipinas e o turismo afunda'', destaca.

A dimensão da crise turística vai depender das represálias americanas. Os efeitos já são devastadores para as companhias aéreas, que multiplicam os anúncios de demissões e se preocupam com a alta das suas apólices de seguros, enquanto turistas e executivos adiam suas viagens, sobretudo nos Estados Unidos.

Durante a Guerra do Golfo, o número de passageiros de vôos internacionais caiu de 280 milhões, em 1990, para 266 milhões, em 1991. Mas o número de turistas aumentou 1,2% e a receita cresceu 2,1%, segundo a OMT.

A assembléia bianual discutirá temas pendentes, como a escolha do seu secretário-geral e a admissão de novos membros (Azerbaijão, Cabo Verde, Honduras e Iugoslávia), mas a repercussão dos atentados alimentará o debate dos delegados, que estarão reunidos durante uma semana, primeiro em Seul e depois em Osaka (Japão).

A vítima dos atentados, os Estados Unidos (13% do turismo internacional, número um em receita e gastos com turismo), não estará presente em Seul, pois deixou de ser membro da OMT, alegando que a atividade turística é de responsabilidade do setor privado.

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