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25/09/2001
-
08h14
ESTELA CAPARELLI
da Folha de S.Paulo
Os atentados nos EUA atingiram o crédito para exportação no Brasil. As incertezas sobre o impacto da tragédia na economia americana fizeram o preço dos empréstimos subir e a procura cair. Além disso, alguns bancos ficaram mais exigentes e reduziram o volume de crédito oferecido aos clientes. A avaliação é de seis bancos consultados pela Folha de S.Paulo.
Um dos efeitos imediatos sobre o crédito à exportação foi o encarecimento dos empréstimos. O termômetro é o comportamento da principal linha de crédito dos exportadores, o ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), responsável por um movimento anual de US$ 50 bilhões.
Segundo uma estimativa do BB, o custo do ACC com prazo de 180 dias subiu. Antes dos atentados, os bancos cobravam o equivalente à Libor (taxa de juros inglesa usada como referência internacional) mais 0,5% para financiar os exportadores brasileiros. Agora, cobram 1% mais Libor.
A elevação do custo reflete o aumento da percepção de risco por parte de quem empresta os recursos para os exportadores. Depois dos atentados, o mercado ficou mais cauteloso quanto ao futuro dos negócios de exportadores brasileiros por conta de um eventual agravamento da situação nos EUA. Essas incertezas atingem os investidores que fornecem dinheiro para os bancos repassadores no Brasil e as próprias instituições financeiras no país.
Além da alta dos preços dos empréstimos, os atentados também causaram a redução do volume de crédito oferecido por alguns bancos. Na maior parte dos casos, o fechamento de torneiras acontece na forma do aumento do número de exigências necessárias para a concessão do empréstimo. "A oferta de crédito no mercado, que já caía, ficou ainda menor", diz Alaerte Calafeu, diretor da área corporativa do Lloyds Bank.
O clima de cautela também atingiu a ponta final do mercado de crédito à exportação. "Houve uma diminuição da demanda por ACC nos últimos dias", diz Luiz Carlos Aguiar, gerente-executivo da área internacional do BB.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Terror encarece crédito à exportação
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da Folha de S.Paulo
Os atentados nos EUA atingiram o crédito para exportação no Brasil. As incertezas sobre o impacto da tragédia na economia americana fizeram o preço dos empréstimos subir e a procura cair. Além disso, alguns bancos ficaram mais exigentes e reduziram o volume de crédito oferecido aos clientes. A avaliação é de seis bancos consultados pela Folha de S.Paulo.
Um dos efeitos imediatos sobre o crédito à exportação foi o encarecimento dos empréstimos. O termômetro é o comportamento da principal linha de crédito dos exportadores, o ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), responsável por um movimento anual de US$ 50 bilhões.
Segundo uma estimativa do BB, o custo do ACC com prazo de 180 dias subiu. Antes dos atentados, os bancos cobravam o equivalente à Libor (taxa de juros inglesa usada como referência internacional) mais 0,5% para financiar os exportadores brasileiros. Agora, cobram 1% mais Libor.
A elevação do custo reflete o aumento da percepção de risco por parte de quem empresta os recursos para os exportadores. Depois dos atentados, o mercado ficou mais cauteloso quanto ao futuro dos negócios de exportadores brasileiros por conta de um eventual agravamento da situação nos EUA. Essas incertezas atingem os investidores que fornecem dinheiro para os bancos repassadores no Brasil e as próprias instituições financeiras no país.
Além da alta dos preços dos empréstimos, os atentados também causaram a redução do volume de crédito oferecido por alguns bancos. Na maior parte dos casos, o fechamento de torneiras acontece na forma do aumento do número de exigências necessárias para a concessão do empréstimo. "A oferta de crédito no mercado, que já caía, ficou ainda menor", diz Alaerte Calafeu, diretor da área corporativa do Lloyds Bank.
O clima de cautela também atingiu a ponta final do mercado de crédito à exportação. "Houve uma diminuição da demanda por ACC nos últimos dias", diz Luiz Carlos Aguiar, gerente-executivo da área internacional do BB.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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