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26/09/2001
-
22h23
da Folha de S.Paulo
A medida que restringe os recursos que os bancos podem manter aplicados em dólares deve reduzir a margem de manobra dos bancos e conter a escalada do dólar, intensificada nos últimos dias. Essa é a avaliação de especialistas ouvidos pela Folha.
Um diretor da Febraban (Federação Nacional das Associações de Bancos) interpretou a medida do governo como uma tentativa de reduzir a margem de manobra dos bancos nos negócios com dólar. Em outras palavras, o governo quer tirar a munição dos bancos para especular com o dólar.
Para o economista-chefe do BBV, Octavio de Barros, como a medida vai enxugar a liquidez, terá reflexos na trajetória do dólar.
"As instituições que não se enquadrarem nas medidas vão ter de se capitalizarem ou se desfazerem de posições em dólares que mantém atualmente, o que deve ter um efeito positivo sobre a atual pressão cambial."
O professor de Economia da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, diz que, com o atual cenário, tem havido uma "demanda especulativa" por dólares.
"Em um momento de incertezas como o que estamos passando, o dólar é o ativo mais procurado e o mais escasso. É evidente que, assim, o dólar suba."
A outra medida, segundo o diretor da Febraban, tem efeito limitado. Ao adotar regras mais rígidas para recolhimento de depósitos compulsórios, o BC afetou principalmente bancos pequenos e médios que tem fontes limitadas de financiamento. Os grandes bancos têm muitas alternativas de financiamento e a restrição não afetaria sua capacidade de especular com o dólar.
Já limitação do volume que os bancos podem aplicar em dólares alcança todas as instituições financeiras e terá maior efeito.
Medidas do BC devem restringir especulação no câmbio
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A medida que restringe os recursos que os bancos podem manter aplicados em dólares deve reduzir a margem de manobra dos bancos e conter a escalada do dólar, intensificada nos últimos dias. Essa é a avaliação de especialistas ouvidos pela Folha.
Um diretor da Febraban (Federação Nacional das Associações de Bancos) interpretou a medida do governo como uma tentativa de reduzir a margem de manobra dos bancos nos negócios com dólar. Em outras palavras, o governo quer tirar a munição dos bancos para especular com o dólar.
Para o economista-chefe do BBV, Octavio de Barros, como a medida vai enxugar a liquidez, terá reflexos na trajetória do dólar.
"As instituições que não se enquadrarem nas medidas vão ter de se capitalizarem ou se desfazerem de posições em dólares que mantém atualmente, o que deve ter um efeito positivo sobre a atual pressão cambial."
O professor de Economia da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, diz que, com o atual cenário, tem havido uma "demanda especulativa" por dólares.
"Em um momento de incertezas como o que estamos passando, o dólar é o ativo mais procurado e o mais escasso. É evidente que, assim, o dólar suba."
A outra medida, segundo o diretor da Febraban, tem efeito limitado. Ao adotar regras mais rígidas para recolhimento de depósitos compulsórios, o BC afetou principalmente bancos pequenos e médios que tem fontes limitadas de financiamento. Os grandes bancos têm muitas alternativas de financiamento e a restrição não afetaria sua capacidade de especular com o dólar.
Já limitação do volume que os bancos podem aplicar em dólares alcança todas as instituições financeiras e terá maior efeito.
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