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27/09/2001 - 13h17

Dólar caiu 0,76% pela manhã com redução de liquidez

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GABRIELLA ESPER
IVONE PORTES
da Folha Online

O minipacote do Banco Central para dificultar uma nova disparada do dólar comercial segurou esta manhã a moeda no patamar de R$ 2,70.

Segundo profissionais do mercado, se o BC não tivesse anunciado as novas medidas ontem à noite, o dólar poderia ter atingido R$ 2,74 nesta manhã, pois ontem fechou em R$ 2,735.

A moeda norte-americana terminou o período em queda de 0,76%, para R$ 2,712 na compra e a R$ 2,714 na venda. Durante a manhã, porém, foi negociada entre a cotação mínima de R$ 2,700 (em queda de 1,27%) e máxima de R$ 2,722 (em baixa de 0,47%).

De acordo com as novas normas do BC, a partir de segunda-feira os bancos terão menos recursos para comprar dólares. As regras para o recolhimento compulsório sobre os depósitos à vista ficaram mais rígidas e o mercado financeiro terá de recolher R$ 4 bilhões hoje disponíveis para transações.

Desde segunda-feira, já estava em vigor o recolhimento compulsório de 10% sobre os depósitos a prazo, com redução de R$ 10 bilhões na liquidez do mercado.

Bovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou a manhã com queda de 1,94%. O mercado acionário paulista acompanhou o desempenho negativo da Bolsa de Nova York, que recuava, há pouco, 0,64% e da Nasdaq, que caía 2,32%.

A preocupação dos investidores com o desaquecimento econômico nos EUA guia o mercado hoje. O aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada e a queda nas encomendas de bens duráveis em agosto deixou o mercado em alerta.

O volume de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA aumentou em 58 mil, para 450 mil, atingindo o maior patamar em nove anos. Já o valor das novas encomendas caiu 0,3%, após fortes quedas de 1,1% em julho e de 2,5% em junho. Essa foi a primeira vez em mais de dois anos -desde o período de abril-junho de 1999- que as encomendas caíram por três meses seguidos.

Veja o que o BC já fez para conter a alta do dólar depois dos atentados terroristas aos Estados Unidos:

Papéis cambiais

Foram vendidos R$ 9,35 bilhões em títulos públicos corrigidos pelo dólar.

O objetivo era fazer com que os bancos comprassem os papéis em vez de comprar dólares em papel moeda, o que contribuiria para conter a alta das cotações.

Intervenções

O BC vendeu, entre 11 e 20 de setembro, US$ 670 milhões em papel moeda.

Entre os dias 11 e 13 de setembro, a instituição chegou a abandonar sua política de vender US$ 50 milhões por dia.

Nesses três dias, foram colocados US$ 370 milhões no mercado.

Compulsório sobre depósitos a prazo

Na sexta-feira passada, o compulsório sobre depósitos a prazo subiu de zero para 10%. Isso quer dizer que, de cada R$ 100 captados pelos bancos, R$ 10 devem ser recolhidos junto ao BC.

A medida retirou R$ 10 bilhões do mercado, reduzindo os recursos disponíveis para as instituições operarem no mercado de câmbio.

Compulsório sobre depósito à vista

Ontem, o BC mudou as regras para o recolhimento de compulsório sobre depósitos em conta corrente.

As mudanças vão retirar R$ 4 bilhões do mercado, o que reduz o volume de dinheiro que os bancos têm para atuar no mercado de câmbio.

Limites para compra de dólares

Os bancos têm de respeitar um teto, proporcional a seu capital, para o total de aplicações em dólar. Na prática, o Conselho Monetário Nacional rebaixou esse teto.

Como é improvável que os bancos aumentem seu capital _para manter o mesmo volume de aplicação em dólar que têm hoje_, a oferta de dólares no mercado deve aumentar nos próximos dias.

Fonte: mercado

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA

Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia

Veja a cotação do dólar durante o dia
 

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