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27/09/2001 - 17h46

Dólar cai 2,19% e Bovespa sobe 3,98% com minipacote do BC

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GABRIELLA ESPER
da Folha Online

O minipacote do Banco Central para evitar a disparada do dólar comercial surtiu efeito hoje no mercado. A moeda norte-americana recuou por todo dia e acentuou a queda no final dos negócios, quando a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) autorizou as empresas abertas a "diluir" em até quatro anos suas perdas cambiais.

A medida vai desestimular a procura por proteção da variação cambial por parte das empresas.

Os mercados responderam rapidamente. A Bolsa de Valores de São Paulo inverteu tendência e subiu 3,98% para 10.040 pontos. O giro financeiro da Bovespa também melhorou após o conhecimento das medidas pelo mercado. Foram negociados R$ 477 milhões nesta quinta.

O dólar comercial fechou em queda firme de 2,19%, ficando abaixo de R$ 2,70 pela primeira vez desde a terça-feira da semana passada. A moeda fechou em R$ 2,673 na compra e a R$ 2,675 na venda -as menores cotações de toda semana.

A medida da CVM é mais uma do minipacote do BC para evitar o aumento do dólar. Ela permite a diluição dos impactos da alta do dólar nos balanços da empresa.

Para Flávio Barros da ClickInvest, o mercado está tão pessimista que a notícia foi um alento principalmente para o mercado acionário paulista.

No caso do mercado de câmbio, o minipacote do BC foi acertado no momento exato, pois se a autoridade monetária não tivesse anunciado as novas medidas ontem à noite, o dólar poderia ter disparado novamente hoje.

Nesta quinta-feira, o dólar comercial foi negociado entre a cotação mínima de R$ 2,674 (em queda de 2,23%) e máxima de R$ 2,722 (em baixa de 0,47%).

Veja o que o BC já fez para conter a alta do dólar depois dos atentados terroristas aos Estados Unidos:

Papéis cambiais

Foram vendidos R$ 9,35 bilhões em títulos públicos corrigidos pelo dólar.

O objetivo era fazer com que os bancos comprassem os papéis em vez de comprar dólares em papel moeda, o que contribuiria para conter a alta das cotações.

Intervenções

O BC vendeu, entre 11 e 20 de setembro, US$ 670 milhões em papel moeda.

Entre os dias 11 e 13 de setembro, a instituição chegou a abandonar sua política de vender US$ 50 milhões por dia.

Nesses três dias, foram colocados US$ 370 milhões no mercado.

Compulsório sobre depósitos a prazo

Na sexta-feira passada, o compulsório sobre depósitos a prazo subiu de zero para 10%. Isso quer dizer que, de cada R$ 100 captados pelos bancos, R$ 10 devem ser recolhidos junto ao BC.

A medida retirou R$ 10 bilhões do mercado, reduzindo os recursos disponíveis para as instituições operarem no mercado de câmbio.

Compulsório sobre depósito à vista

Ontem, o BC mudou as regras para o recolhimento de compulsório sobre depósitos em conta corrente.

As mudanças vão retirar R$ 4 bilhões do mercado, o que reduz o volume de dinheiro que os bancos têm para atuar no mercado de câmbio.

Limites para compra de dólares

Os bancos têm de respeitar um teto, proporcional a seu capital, para o total de aplicações em dólar. Na prática, o Conselho Monetário Nacional rebaixou esse teto.

Como é improvável que os bancos aumentem seu capital _para manter o mesmo volume de aplicação em dólar que têm hoje_, a oferta de dólares no mercado deve aumentar nos próximos dias.

Fonte: mercado

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Veja a cotação do dólar durante o dia
 

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