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02/10/2001
-
07h44
da Folha de S.Paulo
Os juros norte-americanos podem cair hoje para o menor patamar em quase 40 anos, caso se confirme a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central do EUA) vá cortar a taxa em meio ponto percentual.
Mas boa parte dos economistas e analistas do mercado financeiro considera que uma eventual redução terá efeitos limitados. Analistas consideram que o governo deveria ampliar seus investimentos como forma de dar fôlego à atividade econômica.
No último dia 17, antes da reabertura da Bolsa de Nova York, o Fed fez um corte emergencial de meio ponto, trazendo a taxa para 3% ao ano. Caso o comitê de política monetária determine uma nova redução hoje, será a nona do ano. No começo de 2001, os juros estavam em 6,5% ao ano.
O Fed vem adotando uma política agressiva de cortes para evitar que o país mergulhe em recessão. Se a economia já dava sinais de que estava em rota de retração antes do dia 11, desde então a situação se agravou bastante.
A confiança do consumidor norte-americano despencou, e isso tende a significar menos gastos. O último trimestre, entre julho e setembro, foi o pior para os mercados financeiros desde 1987. A atividade industrial recuou em setembro pelo 14º mês consecutivo.
Pela primeira vez, o secretário norte-americano do Tesouro, Paul O'Neill, reconheceu ontem que a economia do país pode ter encolhido no trimestre. "O terceiro trimestre pode ter sido negativo mas o quarto não precisa ser dessa maneira, se tomarmos as medidas corretas", afirmou Michele Davis, porta-voz de O'Neill.
Analistas acham que apenas a redução dos juros terá pouco efeito, dada a gravidade da situação. Segundo eles, o governo precisa abrir o bolso para os investimentos públicos.
"É absolutamente fundamental a ajuda do governo neste momento, para que pelo menos um grau de confiança seja recuperado, tanto pelos consumidores como pelos homens de negócio", disse o economista-chefe da Lehman Brothers, Stephen Slifer.
O governo decidiu a liberação, até agora, de uma ajuda de US$ 55 bilhões (US$ 40 bilhões para a reconstrução de infra-estrutura, principalmente em Nova York e US$ 15 bilhões de socorro às companhias aéreas). Mas, segundo Alan Greenspan, presidente do Fed, pelo menos US$ 100 bilhões (1% do PIB) serão necessários para que algum efeito positivo seja sentido.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Corte de juros sem gastos pode ser inócuo nos EUA
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No último dia 17, antes da reabertura da Bolsa de Nova York, o Fed fez um corte emergencial de meio ponto, trazendo a taxa para 3% ao ano. Caso o comitê de política monetária determine uma nova redução hoje, será a nona do ano. No começo de 2001, os juros estavam em 6,5% ao ano.
O Fed vem adotando uma política agressiva de cortes para evitar que o país mergulhe em recessão. Se a economia já dava sinais de que estava em rota de retração antes do dia 11, desde então a situação se agravou bastante.
A confiança do consumidor norte-americano despencou, e isso tende a significar menos gastos. O último trimestre, entre julho e setembro, foi o pior para os mercados financeiros desde 1987. A atividade industrial recuou em setembro pelo 14º mês consecutivo.
Pela primeira vez, o secretário norte-americano do Tesouro, Paul O'Neill, reconheceu ontem que a economia do país pode ter encolhido no trimestre. "O terceiro trimestre pode ter sido negativo mas o quarto não precisa ser dessa maneira, se tomarmos as medidas corretas", afirmou Michele Davis, porta-voz de O'Neill.
Analistas acham que apenas a redução dos juros terá pouco efeito, dada a gravidade da situação. Segundo eles, o governo precisa abrir o bolso para os investimentos públicos.
"É absolutamente fundamental a ajuda do governo neste momento, para que pelo menos um grau de confiança seja recuperado, tanto pelos consumidores como pelos homens de negócio", disse o economista-chefe da Lehman Brothers, Stephen Slifer.
O governo decidiu a liberação, até agora, de uma ajuda de US$ 55 bilhões (US$ 40 bilhões para a reconstrução de infra-estrutura, principalmente em Nova York e US$ 15 bilhões de socorro às companhias aéreas). Mas, segundo Alan Greenspan, presidente do Fed, pelo menos US$ 100 bilhões (1% do PIB) serão necessários para que algum efeito positivo seja sentido.
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