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02/10/2001
-
08h39
da Folha de S.Paulo
O grupo suíço Swissair vendeu ontem sua companhia aérea regional Crossair para os dois maiores bancos do país, que também assumiram a maioria dos vôos da principal bandeira do grupo, a Swissair. Com o negócio, 2.560 funcionários foram demitidos e 24 aviões devem ser tirados de operação.
Os bancos UBS e Credit Suisse aceitaram comprar a participação de 70,4% do grupo Swissair na Crossair por US$ 160,4 milhões, evitando que o grupo procurasse proteção judicial contra seus credores. "Essa drástica reestruturação foi a única alternativa para assegurar o futuro da aviação civil suíça", disse Marcel Ospel, presidente do UBS.
A companhia regional comprada pelas instituições deverá assumir, em 28 de outubro, dois terços das rotas operadas pela Swissair. Os efeitos dos ataques terroristas do dia 11 de setembro nos EUA, segundo o presidente da Swissair, Mario Corti, só pioraram a situação financeira da empresa, que já estava em sérias dificuldades antes disso. Segundo o presidente, o impacto será muito alto nas contas da empresa.
"A estimativa de impacto negativo do grupo sobre seu fluxo de caixa é entre US$ 1,9 bilhão e US$ 2,3 bilhões até o fim de 2002", revelou Corti.
Para dar fôlego à empresa que ocupará o lugar da Swissair _até então a sétima maior do setor na Europa_, os bancos suíços elevaram o limite de crédito da Crossair e vão participar de um aumento de capital de cerca de US$ 217 milhões.
Pelo acordo, o UBS, o maior banco suíço, ficará com 51% das ações compradas e o Credit Suisse com 49%. As duas instituições pediram que os governos federal e estaduais do país participem da operação de aumento de capital, até o limite de 30% das ações da companhia.
A reestruturação no grupo Swissair deverá atingir outras empresas ligadas a ela, em especial a belga Sabena, da qual detém 49,5% das ações.
Segundo Mario Corti, a Swissair não deverá pagar US$ 123 milhões à empresa da Bélgica, os quais fazem faz parte de um acordo com o governo belga para resgatar a Sabena. "Sinto muito, mas não poderemos pagar", disse.
Tanto o governo belga quanto a direção da Sabena já afirmaram que poderão recorrer à Justiça caso a empresa suíça se negue a cumprir o acordo.
Além da empresa belga, as filiais francesas da Swissair, a AOM, Air Liberté e Air Littoral deverão ser bastante prejudicadas com a reestruturação.
Acompanhe a situação dos aeroportos dos EUA
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Bancos assumem filiada e vôos da Swissair
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O grupo suíço Swissair vendeu ontem sua companhia aérea regional Crossair para os dois maiores bancos do país, que também assumiram a maioria dos vôos da principal bandeira do grupo, a Swissair. Com o negócio, 2.560 funcionários foram demitidos e 24 aviões devem ser tirados de operação.
Os bancos UBS e Credit Suisse aceitaram comprar a participação de 70,4% do grupo Swissair na Crossair por US$ 160,4 milhões, evitando que o grupo procurasse proteção judicial contra seus credores. "Essa drástica reestruturação foi a única alternativa para assegurar o futuro da aviação civil suíça", disse Marcel Ospel, presidente do UBS.
A companhia regional comprada pelas instituições deverá assumir, em 28 de outubro, dois terços das rotas operadas pela Swissair. Os efeitos dos ataques terroristas do dia 11 de setembro nos EUA, segundo o presidente da Swissair, Mario Corti, só pioraram a situação financeira da empresa, que já estava em sérias dificuldades antes disso. Segundo o presidente, o impacto será muito alto nas contas da empresa.
"A estimativa de impacto negativo do grupo sobre seu fluxo de caixa é entre US$ 1,9 bilhão e US$ 2,3 bilhões até o fim de 2002", revelou Corti.
Para dar fôlego à empresa que ocupará o lugar da Swissair _até então a sétima maior do setor na Europa_, os bancos suíços elevaram o limite de crédito da Crossair e vão participar de um aumento de capital de cerca de US$ 217 milhões.
Pelo acordo, o UBS, o maior banco suíço, ficará com 51% das ações compradas e o Credit Suisse com 49%. As duas instituições pediram que os governos federal e estaduais do país participem da operação de aumento de capital, até o limite de 30% das ações da companhia.
A reestruturação no grupo Swissair deverá atingir outras empresas ligadas a ela, em especial a belga Sabena, da qual detém 49,5% das ações.
Segundo Mario Corti, a Swissair não deverá pagar US$ 123 milhões à empresa da Bélgica, os quais fazem faz parte de um acordo com o governo belga para resgatar a Sabena. "Sinto muito, mas não poderemos pagar", disse.
Tanto o governo belga quanto a direção da Sabena já afirmaram que poderão recorrer à Justiça caso a empresa suíça se negue a cumprir o acordo.
Além da empresa belga, as filiais francesas da Swissair, a AOM, Air Liberté e Air Littoral deverão ser bastante prejudicadas com a reestruturação.
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