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02/10/2001 - 11h54

Assembléia de SP vai discutir demissões na Embraer

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da Folha Online

A Assembléia Legislativa de São Paulo vai realizar uma audiência pública para discutir as 1.800 demissões efetuadas pela Embraer, fabricante de aviões de São José dos Campos (SP). O pedido de audiência foi protocolado pelo deputado estadual Carilhos Almeida (SP) na comissão de Relações de Trabalho.

"É necessário que a Embraer tenha sensibilidade, e não penalize os trabalhadores aos primeiros sinais de dificuldades. A audiência pode ser um caminho para que os impactos da crise sejam reduzidos."

Ele defendeu ainda medidas alternativas como redução imediata da jornada de trabalho e a adoção de um banco de horas em vez da demissão.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos promete manter hoje a programação de protestos em frente à fábrica contra a demissão de 1.800 funcionários.

Ontem, primeiro dia de protesto, o sindicato foi prejudicado pela estratégia da Embraer de esvaziar as assembléias, agendadas para acontecer na porta da fábrica na entrada dos turnos.

Na parte da manhã, segundo o sindicato, a empresa desviou os ônibus de transporte dos funcionários da entrada principal pelo CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial), controlado pela Aeronáutica. Na parte da tarde, a empresa cortou uma cerca para fazer um caminho
alternativo.

Para piorar a situação, segundo o sindicato, a Embraer reforçou o policiamento da fábrica. "Havia 30 carros da polícia cercando a fábrica. No CTA, a segurança foi feita por soldados da Aeronáutica.
Essa situação é muito curiosa, já que a Embraer não pertence mais à Aeronáutica, mas foi protegida por seus soldados", disse o presidente do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Os sindicalistas prometem sair em caravana em direção ao ministério do Trabalho, em Brasília.

"O governo está sempre ajudando as empresas. Está na hora do governo começar a intervir nesses processos para impedir a demissão de trabalhadores", disse Mancha.

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